21/11/2023 às 13h00min - Atualizada em 21/11/2023 às 13h00min

Estabilidade no mercado do boi gordo em quase todo país

Goiás mantém escalas curtas de abate

Fabiano Reis
Foto: Divulgação
O mercado do boi gordo segue apresentando estabilidade nos negócios no decorrer da semana para o gado pronto em todo o país. As movimentações mostram um cenário bastante constante para os preços praticados e escalas, com o setor industrial ponderando suas atuações para aquisições, frente a uma oferta que segue contida impactada por custos de produção e também a estiagem em boa parte do Brasil.
 
A observação segue pelos números na praça de referência, São Paulo. A escala segue na casa de 16 dias, uma manutenção que tem se mantido durante as últimas três semanas, com o valor médio em R$ 239,00 por arroba. O “Boi China” tem um ágio médio de R$ 5,00 frente ao boi comum, fator que mostra um cenário de necessidade de readequação do planejamento de cada projeto pecuário. A praça de Goiás tem chamada a atenção nas últimas semanas e chegou a ficar “sem diferencial de base”. O que explica a questão é a escala estar entre 5 e 6 dias, oferta muito limitada e todos os efeitos climáticos impactando a oferta, com valor médio em R$ 232,00 por arroba.
 
No Mato Grosso do Sul a estabilidade também predomina, com pouca ou nenhuma alternância nos números. A escala de abate para o dia 4 de dezembro tinha valores em R$ 225,00 por arroba e apenas uma planta chegou a negociar em R$ 227,00, para a mesma data. A escala média de abate em MS é de 11 dias.
 
Os embarques brasileiros de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada em 11 úteis dias de novembro totalizam o volume de 119,02 mil toneladas. A média diária permanece mais alta no comparativo com anos anteriores e alcança 10,82 mil toneladas/dia, supera facilmente a média de 2022, no mesmo mês, quando alcançou 7,4 mil toneladas/dia em 20 dias úteis, que totalizaram um embarque geral de 148,0 mil toneladas. Há queda no valor médio da tonelada exportada, o recuo é de US$ 644,00 (12,30%), ficando em US$ 4.582 mil/toneladas contra US$ 5.226 mil/tonelada.
 
O consumo interno de carne bovina tem sido cada vez mais relevante para o equilíbrio da cadeia produtiva, principalmente, do elo da produção. A expectativa é o cenário ter mudanças mais relevantes a partir de 30 de novembro com a entrada da primeira parcela do 13º salário. Com escrevi em edições anteriores de nossa coluna, a geração de trabalho temporário no Brasil será a maior em 10 anos (poderia e deveria ser melhor), mas este é outro tema. O fato, é que as negociações atuais, com abates até 15/12 (principalmente), precificam a oferta durante as festas de final de ano. O pecuarista precisa fazer conta em torno do custo de produção e a margem que tem obtido pelos animais que estão indo para o gancho.

 
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