Relatório do norte-americano sobre a soja brasileira derruba preços

Mercado brasileiro de soja apresenta oscilações após projeções do Departamento de Agricultura dos EUA

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Nesta quinta-feira (9), o mercado brasileiro de soja se viu dividido em dois momentos distintos - o antes e depois do relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Antes da divulgação do estudo, a oferta era mais atrativa e os preços se mantinham elevados, mas uma significativa queda nos preços e um impacto negativo na comercialização foram observados após a projeção.

Segundo analistas de Safras & Mercado, as ofertas de compra ficaram abaixo das expectativas dos produtores, em um cenário onde a alta do dólar foi justificada pela retração nos preços de Chicago.

As cotações da soja disponível apresentaram as seguintes variações:
Passo Fundo (RS): R$ 147 para R$ 145;
Região das Missões: R$ 145 para R$ 143;
Porto de Rio Grande: R$ 155 para R$ 153;
Cascavel (PR): R$ 137 para R$ 135;
Porto de Paranaguá: R$ 147 para R$ 145;
Rondonópolis (MT): R$ 128 (manteve-se);
Dourados (MS): R$ 129 (manteve-se);
Rio Verde (GO): R$ 129 para R$ 127.

No mercado de Chicago, os contratos futuros da soja fecharam com preços em forte baixa após a divulgação do relatório do USDA, que projetou a safra norte-americana de soja em 112,37 milhões de toneladas, acima das expectativas do mercado.

A produção mundial de soja para 2023/24 foi projetada em 400,4 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais foram reduzidos para 114,5 milhões de toneladas. As estimativas apontam a produção nos três principais países produtores da seguinte forma: Brasil com 163 milhões de toneladas, Estados Unidos com 112,4 milhões de toneladas e Argentina com 48 milhões de toneladas.

A oscilação dos preços também refletiu no câmbio, com o dólar comercial encerrando a sessão em alta de 0,68%, cotado a R$ 4,9404 para venda e R$ 4,9383 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 4,8918 e R$ 4,9469.