A safra brasileira de grãos 2024/25 deve atingir o maior volume da história: 336,05 milhões de toneladas, segundo o 9º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (12). O número representa um aumento de 13% (ou 38,56 milhões de toneladas) em comparação com a temporada anterior, que fechou com 297,50 milhões de toneladas.
Esse crescimento histórico é impulsionado principalmente pela melhora na produtividade das lavouras, que deve subir 10,4% em relação à safra passada, passando de 3.722 kg/hectare para 4.108 kg/hectare. A área cultivada também aumentou, com avanço de 2,3%, alcançando cerca de 81,8 milhões de hectares.
Entre as principais culturas, a soja segue como carro-chefe do campo brasileiro. A estimativa é de produção de 169,61 milhões de toneladas, crescimento de 14,8% (ou 21,9 milhões de t) em relação a 2023/24. A Conab destaca que o resultado reflete o uso crescente de tecnologia e as boas condições climáticas na maior parte das regiões produtoras.
Já o milho, especialmente na segunda safra, também apresenta desempenho expressivo. A produção total do cereal deve alcançar 128,25 milhões de toneladas, com alta de 11%. Somente na safrinha, a previsão é de 101,01 milhões de toneladas, crescimento de 12,2%. A colheita já foi iniciada em estados como Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais e Maranhão.
A produção de arroz, alimento essencial da cesta básica, deve registrar alta de 14,9%, totalizando 12,15 milhões de toneladas — puxada principalmente pelas boas condições no Rio Grande do Sul, estado líder no cultivo do grão.
Outras culturas também se destacam: Algodão: produção da pluma estimada em 3,91 milhões de toneladas, com crescimento de 5,7%, apesar de chuvas irregulares que impactaram a produtividade. Feijão: produção total estimada em 3,17 milhões de toneladas, leve queda de 0,8% em relação à safra anterior. A primeira safra cresceu 12,8%, mas a segunda e a terceira devem ter quedas de 7,3% e 5,1%, respectivamente. Trigo (inverno): produção estimada em 8,19 milhões de toneladas, alta de 3,8%. O Paraná já plantou 72% da área, enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta atrasos devido às chuvas.
