A safra de soja brasileira 2024/25 tem apresentado números promissores, com a estimativa ajustada para 171,5 milhões de toneladas, um aumento de 700 mil toneladas em relação à previsão de janeiro. O ajuste positivo é atribuído principalmente à alta produtividade nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia, favorecidos pelas chuvas que começaram em outubro de 2024. Essas regiões têm compensado as perdas registradas em áreas como o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, onde a seca, especialmente em janeiro, prejudicou a produtividade.
Segundo a consultoria Hedgepoint Global Markets, os índices de vegetação nas áreas de maior destaque indicam um bom desenvolvimento das lavouras, com Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais permanecendo acima da média. No entanto, o clima nas próximas semanas continua a ser um fator determinante, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a colheita está programada para começar em março.
Até 14 de fevereiro, 27% da soja já havia sido colhida, um ritmo ligeiramente inferior ao do ano passado, mas ainda superior à média dos últimos cinco anos. Apesar disso, a falta de umidade entre 20 e 26 de fevereiro pode acelerar o avanço da colheita, especialmente nas regiões centrais, ao mesmo tempo que a seca no Rio Grande do Sul pode agravar a situação das lavouras.
As previsões climáticas indicam que, entre 27 de fevereiro e 5 de março, a umidade retornará ao Rio Grande do Sul e ao norte de Mato Grosso, mas isso pode dificultar o escoamento da safra e afetar os prêmios de exportação. Além disso, a combinação de altas temperaturas e baixa umidade pode prejudicar ainda mais a produtividade, aumentando os riscos de perdas na região sul. A expectativa é de que março traga mais desafios para a produção, principalmente nas áreas já afetadas pela seca.