31/10/2023 às 09h25min - Atualizada em 31/10/2023 às 09h25min

Expectativa de alta para arroba do boi gordo

Fabiano Reis
Foto: Arquivo Pessoal
Outubro vai chegando ao final com equilíbrio para arroba do boi gordo e, mesmo a entrada de animais do segundo giro de confinamento, foi capaz apenas de trazer alguma perda pontual para os preços praticados nas principais praças brasileiras. Também chama a atenção que este cenário foi possível por uma significativa melhora nas escalas industriais, sobretudo, São Paulo, que chegou a 18 dias garantidos de atividade fabril.

Em toda a cadeia produtiva da carne bovina, podemos observar um reordenamento, cenário comum para a sazonalidade do período. As escalas estão maiores na indústria, mas não arrefece a necessidade da indústria em fazer suas aquisições. Os dias garantidos de trabalho industrial nas plantas paulistas, usada como exemplo no paragrafo de abertura, são resultados diretos da melhora de preços no mês de outubro pela arroba de gado pronto e, também, pela entrada de animais de confinamentos (com volumes menores) sem capacidade de mudar os cenários atuais de negócios no mercado.
 
Neste aspecto, observa-se mudança nas negociações de atacado e varejo de carne bovino. O atacado paulista tem apresentado elevações, algo previsível para o período, assim como, a elevação no comércio varejista. Traçando uma linha do tempo de curto alcance, podemos ver que durante o ano de 2023, o mês de agosto foi o de maior impacto negativo para os negócios dos pecuaristas de todo País, com valores em São Paulo abaixo em R$ 180 para arroba do boi comum e R$ 190 para o “Boi China”. A oferta era mais intensa e a escala de abate na praça de referência chegou a ter 33 dias garantidos de atividade fabril. Durante o mês de setembro o mercado começou a se equilibrar e, nos últimos 30 dias o mercado ficou mais favorável com valores para arroba em R$ 240,00 a média em SP. Mesmo a entrada de animais de confinamento não foi capaz de trazer pressão negativa no mercado.
 
Isso quer dizer que os efeitos de alta no mercado chegam (ao contrário de quando é de queda) mais rápido ao consumidor final brasileiro. Na média, os cortes, de traseiro e dianteiro, já têm alta de 6,5% no atacado paulista durante o mês de outubro. Basicamente, a carne consumida agora são de animais de R$ 240 a arroba e não mais de R$ 200, R$ 190,00 e por aí segue.
 
O cenário é de sazonalidade padrão, o que significa haver forte expectativa de melhora na capacidade do poder de compra do brasileiro, de maneira geral, com a entrada do 13º e bônus e festas de final de ano, entre outros. Também, nesta linha de ser observar o passado para identificar algo no futuro, o último trimestre do ano, apresenta regularmente, altas para a arroba do gado pronto nos últimos 8 anos, elevações de 4% até 9%, cenário que já se desponta ou começa a se apresentar no mercado físico brasileiro.

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