26/09/2023 às 09h58min - Atualizada em 26/09/2023 às 09h58min

Semana começa com altas para o boi gordo

Fabiano Reis
Foto: Divulgação
A semana começou interessante e diferente para a pecuária bovina de corte. A redução de animais para abate é perceptível há 20 dias ou um pouco mais e a semana final de setembro teve início com um forte reflexo desta realidade. É visível a dificuldade na aquisição de bovinos “padrão China” e, por conta disso, na praça de referência, São Paulo, as oferta melhoraram e o “Boi China” alcançou R$ 230 a arroba. Ainda falando da praça paulista, o mercado apresenta estabilidade, com o boi comum em R$220,00 por arroba, a vaca R$190,00 e novilha em R$215,00.
 
Outro fator interessante são as escalas de abates estarem muito parecidas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, em torno de nove dias. O cenário fica ainda mais destacado quando olhamos a quantidade de dias garantidos de trabalho na indústria nos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia. Encontram-se com 4, 6 e 5 dias garantidos, respectivamente.
 
Não é só isso. É clara a percepção de melhora no consumo interno de carne bovina. Os dados estatísticos ainda são poucos, mas, informalmente, o varejo tem apresentado melhor desempenho de vendas. As exportações brasileiras de carne bovina seguem muito firmes e devem (pela média diária) conseguir atingir uma média melhor de embarques, se comparado ao mês de setembro do ano passado.
 
A última parcial divulgada pela Secretária de Comércio Exterior – Secex, trouxe que os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada registraram volume de 158,8 mil toneladas no fechamento da quarta semana de setembro/23 (16 dias úteis).  Ano passado, no mesmo mês, o volume total exportado em 21 dias úteis de setembro alcançou 202,9 mil toneladas.
 
Neste sentido, o volume diário de embarques é mais acelerado 9,5% do que a média do ano passado, atingindo a marca de 10,5 mil toneladas ao dia, o que pode somar 52,50 mil toneladas na semana final e totalizar 211.300 toneladas em setembro de 2023.
 
Por outro lado, uma média vem bem abaixo no comparativo anual. Trata-se do preço médio, que considerando o fechamento da quarta semana de setembro/23 obteve US$ 4.526 mil por tonelada, queda de 24,6% frente ao valor médio por tonelada no ano passado, no mesmo mês, com registro de US$ 6.000 mil por tonelada.
 
O momento atual, de redução de oferta de animais para abates, redução das escalas industriais, melhora no consumo interno e bom desempenho (volume) nas exportações, ocasiona a elevação de preços dos cortes no mercado atacadista paulista. As cotações de carne com osso da vaca e da novilha casada subiram cerca de 7%, a carcaça casada de macho castrados elevou 3,5%. Há muito tempo não trazemos este tipo de posicionamento.
 
Para a semana final de setembro a expectativa e que o ritmo das últimas ocorrências siga. Com isso, é natural vermos melhores ofertas por animais para abate, considerando que há disposição de elevação de bovinos para o abate. Contudo, uma alta mais expressiva demandaria algo novo mercado, algum posicionamento para destravar mesmo os preços.

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