O mercado de gado pronto segue em busca de algum equilíbrio, que vem sendo mantido nas últimas semanas. Trata-se de um espelhamento direto da redução na oferta de animais, na escala de abate das indústrias frigoríficas e, até uma elevação no consumo doméstico de carne bovina, através de uma clara redução dos preços no varejo. Também, o mês de setembro deve ser marcado por um volume recorde de embarques.
Se o ano de 2023 já contou com uma forte matança de fêmeas, proporcionando elevação no primeiro semestre de 25% na média comparada com a média de 10 anos, contribuindo, conjuntamente com outros fatores, com uma forte queda no valor da arroba. Agora, o volume de animais fica nitidamente menor, há um destravamento nas posições negociadas na B3, a sinalização é de uma melhora mais consistente no mercado do boi gordo.
A escala industrial começa a semana com cerca de 11 dias em São Paulo, com o indicador do boi Gordo Datagro apontando R$ 217,83 por arroba. Mato Grosso do Sul tem preços semelhantes, com a média em R$ 217,09 e 4,6 dias garantidos. Mato Grosso está com 13,58 dias e arroba precificada em R$ 188,24.
A queda de preços da carne bovina para o consumidor brasileiro, reflete um alinhamento maior com a realidade da cadeia produtiva, com quedas em todos os elos e câmaras frigoríficas lotadas. Dependendo do estado, os cortes que mais perderam preço mudam, mas de maneira geral, os localizados no traseiro caíram mais. Neste contexto, o filé-mignon perdeu 16,95%, seguido pela alcatra com recuo de 13,46% e contrafilé 11,77%. Mesmo assim e apesar da melhora no consumo, não há uma explosão de compras de carne bovina. Outras proteínas também perderam preço, a frango inteiro perdeu 9,79% do preço e a suína recuou quase 5%.
No mais, o mercado segue buscando firmeza e em outubro e novembro devemos ter melhores preços para a arroba de boi e a proximidade das festas de final de ano devem proporcionar melhores condições para a arroba do boi gordo.