O mercado interno de trigo no Brasil enfrenta um cenário de cotações em queda e negociações em ritmo lento. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta terça-feira (12), a expectativa é que a liquidez cresça somente quando a colheita ganhar mais tração no país, uma vez que as projeções apontam para uma safra recorde.
Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última semana, a estimativa é de uma produção de trigo de aproximadamente 10,81 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 3,9% em comparação com o relatório de agosto. Além disso, esse número está 2,5% acima do recorde da safra passada, indicando um cenário de oferta abundante.
Com a expectativa de uma colheita robusta e excedente de trigo, os preços internos continuam cedendo. Segundo levantamento do Cepea, entre os dias 1º e 8 de setembro, o valor do trigo pago aos produtores registrou uma queda significativa de 6,22% no estado do Paraná e de 4,44% em Santa Catarina.
A liquidez reduzida no mercado é um reflexo direto da espera dos produtores em relação ao avanço da colheita e à oferta do grão. Com uma produção recorde esperada, os agricultores buscam estratégias para obter o melhor retorno em suas vendas, aguardando momentos mais oportunos para negociar.
Além disso, o contexto internacional também exerce influência sobre os preços do trigo no mercado doméstico. As oscilações nos preços globais e os impactos das políticas comerciais de outros países podem afetar a dinâmica do mercado de trigo no Brasil.
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