11/09/2023 às 08h04min - Atualizada em 11/09/2023 às 08h04min

Países do G20 formam aliança global para impulsionar produção de biocombustíveis

Brasil, Estados Unidos e Índia lideram iniciativa para promover política de produção sustentável

- Da Redação, com Mapa
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Uma aliança inovadora foi anunciada no sábado (09) durante a Cúpula do G20 em Nova Delhi, na Índia, com o objetivo de impulsionar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis em todo o mundo. Denominada "Aliança Global para Biocombustíveis," essa iniciativa reúne 19 países e 12 organizações internacionais, com destaque para a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo - Brasil, Estados Unidos e Índia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com outros líderes mundiais, participou da cerimônia de lançamento.

O governo brasileiro enfatizou que a Aliança Global para Biocombustíveis é uma resposta ao ambicioso programa nacional indiano de biocombustíveis, que inclui a próxima adoção de uma mistura de 20% de etanol na gasolina, a fabricação de veículos flex, e o desenvolvimento e produção de biocombustíveis de segunda geração.

O Brasil e a Índia colaboraram intensamente tanto no nível governamental como no nível acadêmico, tecnológico e empresarial para concretizar essa política de biocombustíveis. A Agência Internacional de Energia destaca a importância de triplicar a produção global de biocombustíveis sustentáveis até 2030 para alcançar emissões líquidas zero até 2050.

Segundo informações do governo brasileiro, os biocombustíveis líquidos já forneceram mais de 4% da energia total para o setor de transporte em 2022. Além disso, o uso de biocombustíveis na aviação e na navegação está previsto para crescer, visando reduzir as emissões nesses setores. Isso impulsionará ainda mais a demanda global por biocombustíveis e a necessidade de expandir a base de fornecedores.

O Brasil, com uma experiência de 40 anos na produção e utilização de biocombustíveis, tem se destacado não apenas na redução das emissões no setor de transporte, mas também na criação de empregos. A aliança agora busca aproveitar essa expertise para promover uma transição mais sustentável para fontes de energia alternativas em todo o mundo.

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