21/08/2023 às 12h41min - Atualizada em 21/08/2023 às 12h41min

Exportações do agro em São Paulo crescem 5,4% e atingem US$ 15,15 bilhões em julho de 2023

- Da Redação, com Assessoria de Imprensa''
(Foto:divulgação)
O agronegócio no Estado de São Paulo registrou, nos sete primeiros meses de 2023, um aumento de 5,4% nas exportações em comparação a igual período do ano anterior, alcançando US$ 15,15 bilhões, e de 2,7%, ou US$ 3 bilhões nas importações. O saldo da balança comercial paulista do setor foi positivo em US$ 12,15 bilhões, 6% superior em relação a 2022. A participação das exportações do agronegócio no total do Estado é de 38,6%, enquanto o desempenho das importações setoriais é de 7,1%.

Para todos os setores da economia do comércio exterior paulista, as exportações totais somaram US$ 39,27 bilhões (20,2% de participação do total nacional), e as importações, US$ 42,23 bilhões (30%), no acumulado de janeiro a julho de 2023. Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento nas exportações de 1,9% e queda nas importações (7,3%). Esses números foram revelados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo, entre os meses de janeiro a julho de 2023, representaram 15,6% em relação ao agronegócio brasileiro, alta de 0,2 p.p. ante ao mesmo período de 2022; já as importações tiveram aumento (0,5 p.p.), passando de 30,4% para 30,9%.

A participação de São Paulo no agronegócio nacional nos sete meses de 2023 se destacou nos seguintes grupos de produtos, cujos a valores ultrapassam 50% do total nacional: sucos (83,4%), produtos alimentícios diversos (74,6%), plantas vivas e produtos de floricultura (66,4%), demais produtos de origem vegetal (64,3%) e complexo sucroalcooleiro (63,5%).

 Grupos

Nos sete primeiros meses de 2023, os cinco principais grupos exportados pelo agronegócio paulista foram o complexo sucroalcooleiro (US$ 4,85 bilhões, sendo que desse total, o açúcar representou 87%); complexo soja US$ 2,76 bilhões, tendo em grão 85,6% de participação); carnes (US$ 1,74 bilhão, no qual a bovina respondeu por 80,6%); produtos florestais (US$ 1,58 bilhão, com participações de 51,5% de celulose e 40,6% de papel) e sucos (US$ 1,11 bilhão, dos quais 97,2% referentes a de laranja).

Esses agrupamentos representaram juntos 79,5% das vendas externas setoriais no Estado. Já o grupo de café, tradicional nas exportações, aparece na sexta posição, com vendas de US$ 562,83 milhões. 

No fechamento da pesquisa até julho, foi observada variação nas exportações com aumento dos grupos sucroalcooleiro 24,6%, de sucos 14,2% e florestais 2,5%. Nesse período houve queda em carnes (-23,6%), café (-10,7%) e complexo soja (-3,9%). Essas oscilações ocorreram de preços como de volumes exportados.

 

Exportações

O grupo sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (32%) nas exportações do agro paulista, subindo 24,6% em valores e 4,5% em volumes negociados. Em termos de participação em valores, os destinos dos produtos desse setor são bem diversificados: Nigéria (7,6%), Marrocos (6,6%), Bangladesh e Argélia (6,2%, cada um), China (6,1%), União Europeia (6%), Índia e Arábia Saudita (5,6%, cada um) e Coreia do Sul (5,3%); os demais países (44,8%).

Já o complexo soja vem em segundo lugar, com crescimento nos embarques (7,6%) e queda em valores (-3,9%), comparados ao mesmo período de 2022. A China (68,1%) é o principal destino, seguida de Tailândia (5,8%), Irã (5%) e Indonésia e Argentina (3,6%, cada um); os demais importadores somam 13,9%.

O agrupamento carnes teve perdas em valores (-23,6%) e em volume (-3,1%) em relação a janeiro a julho do ano passado. A carne bovina, principal produto com 80,6% de contribuição no grupo, registrou quedas de 29,1% em valores e de 10,5% em volume exportado. Carne de frango, segundo produto com 18,4% de participação no grupo, o desempenho foi de expansão em valores (18%) e em volumes (14,2%). A carne suína apresentou resultado positivo em valores (43%) e na quantidade embarcada (38,5%). Os principais destinos em participação são China (50,3%), Estados Unidos (12,7%), União Europeia (6,8%), Hong Kong (3,3%) e Arábia Saudita (3,0%), enquanto os demais países compradores somam 23,9% de participação.

Produtos florestais aparecem na quarta posição na pauta do comércio exterior paulista, com desempenho positivo de janeiro a julho deste ano, com crescimento de 2,5% em valores e de 0,7% na quantidade embarcada em relação ao mesmo período do ano anterior. O principal destino em participação de valores exportados é a China (34,8%), seguida por União Europeia (13,3%), Estados Unidos (9,2%), Argentina (7,5%), Peru (5,4%) e Chile (5,0%). Outros países somam 24,8 % de participação.

O suco de laranja (FCOJ concentrado e congelado) registrou aumentos de 11,8% no valor e redução de 3,2% em volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas ganharam em valores (27,1%) e em volume (18,9%). A variação total das exportações do grupo de sucos foi positiva em valores e em volume (14,2% e 11,1%, respectivamente). Os maiores compradores são União Europeia (49,6%), Estados Unidos (35,3%), China (5,3%) e Japão (3,5%); os demais compradores têm 6,3% de participação.

Para o grupo do café, os resultados apontaram quedas de 10,7% nos valores e 12,8% no volume das exportações paulistas. A União Europeia é o principal destino e suas compras representam 40,4% do valor exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (16,9%), Japão (7,7%), Argentina (7,5%), Canadá (3,8%,), Coreia do Sul e Reino Unido (2,7%, cada um) e os demais países participam com 18,3%.

 

Importações

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a julho de 2023 foram: papel (US$ 227,91 milhões), salmões (US$ 225,37 milhões) e trigo (US$ 203,48 milhões). Os dez principais produtos representam 44,5% (US$ 1,34 bilhão) do total importado (US$ 3 bilhões).

 Agro brasileiro

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 53,55 bilhões de janeiro a julho de 2023, com exportações de US$ 194,20 bilhões e importações de US$ 140,65 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de 35,2% no superavit em relação ao mesmo período de 2022, quando alcançou US$ 39,61 bilhões.

Na análise setorial, as exportações do agro do país no acumulado de janeiro a julho de 2023 apresentaram aumento (3,9%) em relação a igual período de 2022, alcançando US$ 97,12 bilhões (50% do total nacional). Já as importações aumentaram em 1,1% no período, registrando US$ 9,71 bilhões (6,9% do total nacional). O superavit do agronegócio foi de US$ 87,41 bilhões no período, sendo 4,2% superior na comparação com o acumulado do período de janeiro a julho de 2022.

Os cinco principais grupos do agro brasileiro no período analisado foram: complexo soja (US$ 46,78 bilhões, com 48,2% de participação no agro), carnes (US$ 13,62 bilhões), produtos florestais (US$ 8,8 bilhões), grupo sucroalcooleiro (US$ 7,65 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 5,83 bilhões, 6%). Esses cinco grupos agregados representaram 85,2% das vendas externas setoriais brasileiras.

Com relação a valores, ocorreram variações nos principais produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo ao sucroalcooleiro (36%), cereais, farinhas e preparações (35,3%) e complexo soja (6,8%), enquanto os grupos produtos florestais (-9%) e carnes (-6,5%) apresentaram redução. Essas oscilações são tanto de preços como de volumes exportados.
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