Poder de compra dos avicultores cresce após alta na cotação do frango vivo

Após quedas em julho, o poder de compra dos avicultores paulistas em relação aos principais insumos de sua atividade, como milho e farelo de soja, experimentou um crescimento durante a primeira metade de agosto (até o dia 16).

Especialistas consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) atribuem esse aumento no poder de compra dos produtores, principalmente, à valorização do frango vivo. Esta valorização é resultado da estratégia adotada pela indústria, que busca reduzir o alojamento de aves, diminuindo a oferta de animais no mercado, bem como eliminar o excesso de carne presente no mercado brasileiro.

Na parcial de agosto (até o dia 16), o preço médio do quilo do frango negociado no estado de São Paulo atingiu a marca de R$ 4,80, representando um aumento de 8,2% em comparação com o mês anterior.

Além da valorização do frango vivo, as cotações do milho apresentaram queda, enquanto as do farelo de soja registraram um aumento menos expressivo do que o observado no preço do animal. Estes movimentos concorrentes contribuíram para elevar o poder de compra dos avicultores em relação a esses insumos essenciais.

Suínos
Os preços da proteína e do suíno vivo estão em trajetória ascendente na maioria das regiões monitoradas pelo Cepea. De acordo com os analistas do centro, este aumento está relacionado a um leve aquecimento na demanda.

Além do início do mês, que tradicionalmente registra um aumento na busca por produtos cárneos, a ocasião do Dia dos Pais também desempenhou um papel significativo ao impulsionar as vendas e, consequentemente, os preços da carne suína.