Cúpula da Amazônia inicia debate sobre desenvolvimento sustentável na região

A aguardada Cúpula da Amâzonia, evento de grande relevância que congrega líderes de nações amazônicas para discutir e deliberar sobre estratégias voltadas ao desenvolvimento sustentável da região, tem início nesta terça-feira (08), em Belém, no Pará.

O evento conta com a presença confirmada de líderes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. Notavelmente, os representantes do Equador e do Suriname, devido a questões internas, enviarão representantes em seu lugar.

Um dos principais objetivos da Cúpula da Amazônia, que se estenderá até esta quarta-feira (9), é fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), um organismo internacional com sede em Brasília dedicado à promoção de cooperação entre as nações que compartilham essa rica e crucial área do planeta.

O encontro de cúpula ocorre após a realização dos Diálogos Amazônicos, evento anterior que congregou representantes de diversas entidades, movimentos sociais, instituições acadêmicas, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos. Os Diálogos Amazônicos tiveram como propósito formular sugestões concretas visando a criação de políticas públicas sustentáveis para a região. O desfecho desses debates se apresentará na forma de propostas que serão apresentadas aos líderes de Estado durante a cúpula.

A expectativa é que as nações participantes considerem a incorporação de algumas das sugestões emergentes desses diálogos. Cada país, no entanto, manterá a autonomia para adotar as sugestões que se harmonizem melhor com suas próprias realidades e necessidades. No caso do Brasil, o governo já anunciou o compromisso de estabelecer condições que permitam à sociedade civil monitorar a implementação das políticas públicas adotadas.

Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, compartilhou a intenção do governo brasileiro em criar mecanismos transparentes que viabilizem o acompanhamento pela sociedade civil organizada da execução das propostas e, quando necessário, possíveis ajustes. Ele enfatizou que o processo de monitoramento das propostas do Diálogos Amazônicos ficará a cargo da Secretaria-Geral da Presidência da República, além de contar com diversos instrumentos, incluindo o Plano Plurianual (PPA) em construção.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também afirmou durante os eventos dos Diálogos Amazônicos que sugestões emergirem deste processo e poderão ser incorporadas ao PPA, ressaltando o compromisso de criar um ambiente de participação e transparência na formulação de políticas públicas que impactam diretamente a região amazônica.