01/08/2023 às 11h32min - Atualizada em 01/08/2023 às 11h32min
Arroba do boi gordo segue pressionada
(Foto:arquivo pessoal) A pressão que foi gerada sobre os valores da arroba do boi gordo na última semana foi prevista em nossa coluna. Os fundamentos permanecem inalterados e, de fato, há cenários que comprovam as quedas para os valores praticados nas praças brasileiras. Os principais passam por aumento da oferta e também dos dias de escala industrial, um movimento apenas comprova o outro.
A escala de trabalho na indústria, reflexo direto da maior oferta de animais ao abate, traz um cenário de quase 23 dias de trabalho garantidos no Estado de São Paulo, praça referencial do País. A arroba em São Paulo está próxima a R$ 237,00, e praticamente não existe ágio para o “Boi China” que está em R$ 240,00 por arroba, fator que dá completa abertura para o setor industrial pressionar o mercado.
Ainda que o descrito anteriormente tenha sido previsto, a oferta mais expressiva no Estado de São Paulo chamou muito a atenção. A elevação era esperada, mas veio bastante intensa e gerou o impacto já citado. Todavia, se considerarmos o mês de julho integralmente, a carne de frango pesou no mercado do boi.
Há mais carne de frango disponível no cenário doméstico, é bem possível que vejamos correções nas primeiras semanas de agosto, mas a maior oferta faz com que a carne de aves recue e encalhe a carne bovina no atacado e varejo. Claro, o poder de compra do brasileiro não tem expressão ainda para compensar a situação.
Em linha com o que temos destacado em artigos anteriores, não há fórmula mágica ou elemento que venha a acelerar o preço da arroba. É necessário ser bem detalhista e aproveitar as janelas de negociação em alta, quando vieram. Principalmente, o controle de custos é essencial para uma margem de rentabilidade melhor.