25/07/2023 às 09h25min - Atualizada em 25/07/2023 às 09h25min
Mercado de carne bovina segue movimento de semanas anteriores
(foto:divulgação) Movimentações do mercado do boi gordo seguem a mesma frequência das últimas semanas, tendo a indústria com um pouco mais de tranquilidade em suas aquisições (chegaram a ficar fora das compras por uns dias semana passada). O fato ocorre pelo estoque empilhando no mercado atacadista, podemos apontar também concorrência mais severa com outras proteínas, como a carne de frango. As escalas industriais se mantiveram com relação de boa margem e, tudo o que escrevi, não permite uma melhora no valor da arroba do gado pronto.
Observem as exportações de carne bovina no acumulado do mês de julho que vem com bom desempenho e traz a expectativa do volume se manter acima de 160 mil toneladas embarcadas. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior o volume exportado de carne bovina até o fechamento da terceira semana de julho/23 ficou em 117,5 mil toneladas. Ano passado, o mesmo mês registrou 167,1 mil toneladas em 21 dias úteis. A questão do preço da tonelada da carne bovina exportada, assunto que merece preocupação de toda a cadeia produtiva, cravou média de US$ 4,755 mil na média da terceira semana. A média do mês de julho de 2022 foi de US$ 6.549 mil a tonelada, queda de 27,40%.
Outros fatores são relevantes para entender o momento. Ainda há um volume considerável de fêmeas para abate em alguns estados e este fator é limitante; a demanda interna não deslancha, o que tem acarretado um mercado atacadista lento e estoques de carne bovina em formação na indústria. Com o cenário descrito, as escalas de abates se formam de maneira tranquila. Em São Paulo a semana começa com 13,5 dias de atividade fabril garantida; Mato Grosso do Sul está em 8 dias; Goiás 7,1 dias; Mato Grosso 16 dias e Minas Gerais impactantes 21 dias.
Em resumo, os fundamentos não têm apresentado um momento melhor para o pecuarista, que precisa de muita cautela na comercialização dos animais que têm e os quais pretende produzir, quanto ao custo e valor que terão no mercado. São Paulo, praça de referência, começa a semana em R$ 240,00 por arroba, queda em relação ao dia 21 de julho, sexta-feira. Os fatores estão em uma semana que devemos ver pouca liquidez e ambiente adequado para pressão nos preços.