11/07/2023 às 10h07min - Atualizada em 11/07/2023 às 10h07min

Exportações de carne bovina registram queda de 3,8% no primeiro semestre

Segundo Abiec, volume exportado alcançou 1,02 milhão de toneladas

- Da Redação, com CarneTec
(Foto: Divulgação)
As exportações brasileiras de carne bovina tiveram uma queda de 3,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O volume exportado alcançou 1,02 milhão de toneladas, em comparação com as 1,06 milhão de toneladas embarcadas anteriormente.

A queda nas exportações pode ser atribuída ao impacto da suspensão temporária das vendas para a China, causada pela confirmação de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em fevereiro. Além disso, houve uma redução nos preços médios dos produtos exportados, afetando o faturamento total das exportações.

Durante aproximadamente um mês, as vendas para a China foram interrompidas devido às preocupações com a segurança alimentar relacionadas à EEB. Esse embargo inicial teve um impacto negativo nas vendas subsequentes, até que a China retomasse as compras e as cargas enviadas antes do embargo fossem liberadas.

Apesar desses desafios, a China continua sendo o maior importador da carne bovina brasileira, com compras de 512,3 mil toneladas e um faturamento de US$ 2,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com a compra de 71,4 mil toneladas, gerando um faturamento de US$ 428,6 milhões.

A União Europeia também se destaca como destino das exportações de carne bovina do Brasil, com um aumento de 7,7% no volume exportado, atingindo 39,3 mil toneladas. Esse é o maior volume exportado para o bloco desde 2008, quando as restrições sanitárias reduziram o número de propriedades habilitadas para exportação.

Outros mercados que apresentaram crescimento nas exportações brasileiras foram o Canadá, que recentemente abriu seu mercado para a carne bovina in natura do Brasil, totalizando 2,5 mil toneladas exportadas no primeiro semestre, com faturamento de US$ 10,6 milhões; e a Rússia, que registrou um aumento de 44,7% nas importações, com 23,5 mil toneladas e uma receita de US$ 83,6 milhões.

A Abiec expressou otimismo em relação ao aumento progressivo das exportações para o México após a abertura desse mercado. A associação destacou ainda o objetivo de manter a liderança do Brasil nas exportações mundiais em 2023, consolidando a importância da carne bovina brasileira no mercado global.

Apesar dos desafios enfrentados no primeiro semestre, a indústria de carne bovina brasileira continua a buscar oportunidades e a fortalecer sua posição no mercado internacional, apostando na qualidade e competitividade do produto nacional.

Da Redação, com CarneTec
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