03/07/2023 às 10h49min - Atualizada em 03/07/2023 às 10h49min
Cepea: preços do milho começam a perder força após 15 dias de altas
Alta demanda da indústria e pouca oferta sustentam preços da mandioca
(foto: divulgação) Após duas semanas de alta, os preços internos e externos do milho voltaram a cair. Em algumas regiões do Brasil, como Mogiana (SP), Norte do Paraná e Dourados (MS), os valores médios registrados em junho são os mais baixos do ano. As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (03).
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas - SP) está com a média mensal mais baixa desde maio de 2019, considerando a correção pela inflação. A queda nos preços reflete o avanço da colheita da segunda safra de milho, que, embora esteja atrasada em comparação com o ano anterior, tem ganhado ritmo e deve se intensificar na segunda quinzena de julho.
Com isso, a demanda pelo cereal enfraqueceu novamente e os compradores estão negociando de forma pontual.
Mandioca
No mercado da mandioca, a disponibilidade de raízes do segundo ciclo está baixa em quase todas as regiões monitoradas pelo Cepea. As lavouras mais novas, com até 12 meses, apresentam pouca evolução na oferta e na comercialização, uma vez que as atividades relacionadas ao plantio são a prioridade dos agricultores.
Enquanto a oferta diminui, a demanda industrial tem aumentado, especialmente por parte das empresas de produção de farinha em São Paulo e no Paraná. Diante desse cenário, a oferta de raízes continua abaixo da demanda industrial, resultando em uma competição acirrada pela matéria-prima em regiões com maior concentração de fecularias e mantendo os preços firmes no mercado.
Da Redação, com Cepea