16/06/2023 às 13h54min - Atualizada em 16/06/2023 às 13h54min

Preços das exportações de carne bovina entram em queda por pressão chinesa

Volume de exportações voltou a crescer em maio, com 110,98 mil toneladas embarcadas no mês

- Da Redação, com CarneTec
(Foto: Divulgação)
Os volumes de exportação de carne bovina brasileira estão se recuperando desde maio, mas os preços dos cortes exportados continuam em queda devido à pressão da China, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
 
Nos primeiros seis dias úteis de junho, as exportações brasileiras de carne bovina in natura totalizaram 70,3 mil toneladas, com uma média diária de 11,72 mil toneladas. Em junho do ano passado, a média diária de exportações foi de 7,3 mil toneladas.
 
Se esse ritmo continuar até o final de junho, o volume exportado pode ultrapassar 240 mil toneladas, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quinta-feira (15).
 
A retomada das compras da China é um dos fatores que contribuíram para o aumento nos embarques. As vendas brasileiras para o país asiático ficaram suspensas por aproximadamente um mês devido a um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) identificado em um animal no Pará.
 
A recuperação nos volumes de exportação de carne bovina brasileira teve início em maio. A China comprou 110,98 mil toneladas de carne bovina brasileira in natura no mês passado, um aumento de 15,7% em relação a maio de 2022. Esse foi o primeiro mês em que o volume ultrapassou 100 mil toneladas desde outubro do ano passado, segundo o Cepea.
 
No entanto, os preços de exportação da carne bovina continuam em queda. Nas duas primeiras semanas de junho, o preço por tonelada do produto in natura exportado pelo Brasil foi de US$ 5.144,5, comparado a US$ 6.826,3 por tonelada no mesmo mês do ano anterior.
 
A pressão dos importadores chineses sobre os preços tem sido intensa desde março deste ano, levando a cotação do dianteiro bovino, o corte mais adquirido por eles, ao patamar mais baixo desde 2021, com uma queda de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa pressão também afeta exportadores de carne bovina do Uruguai, Argentina e Austrália, de acordo com a consultora de Mercado Pecuário da Agrifatto, Laura Rezende.
 
No entanto, há perspectivas de que um aumento nos volumes de exportação brasileira nos próximos meses possa impulsionar os preços. O Itaú BBA, em análise divulgada em um relatório recente, afirmou que um aumento nos volumes exportados poderia levar a uma evolução nos preços de embarque, o que poderia beneficiar o preço pago pelo boi gordo.
 
 
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