As exportações de produtos brasileiros atingidos pelo tarifaço americano caíram 22,4% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2024. Já os itens sem sobretaxa recuaram 7,1%.
Os dados são do Monitor de Comércio Brasil-EUA, da Amcham Brasil, com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A entidade destacou que as tarifas impostas pelos EUA reduziram as vendas e também afetaram importações. Entre os itens não taxados, a queda foi puxada pela menor demanda americana por petróleo.
Em agosto, o comércio bilateral somou US$ 56,6 bilhões no acumulado do ano. Apesar da alta de 1,6% nas exportações brasileiras no período, o resultado mensal foi a maior queda de 2025.
O tarifaço, assinado por Donald Trump em agosto, fixou taxa de até 50% sobre cerca de um terço das exportações do Brasil. Ficam de fora 700 produtos, como suco de laranja, combustíveis, fertilizantes e aviões.
Mesmo assim, os EUA venderam mais do que compraram. Em agosto, o déficit brasileiro chegou a US$ 1,2 bilhão, alta de 188% em relação ao ano passado.