As pastagens são o principal alimento de bovinos e a qualidade da forragem ingerida impacta diretamente no desempenho animal e, portanto, o monitoramento da qualidade das plantas e o manejo para maior ingestão de alimento de qualidade é muito importante. As pastagens podem ter sua qualidade monitorada através de coleta e análise, mas o produtor pode utilizar observações indiretas para quantificar a proporção de folhas, colmos e material morto. Forragens melhores tem mais folhas e perdem a qualidade conforme o tempo passa e acumula hastes e material morto.
Em tempos de custos elevados e preços achatados, a pastagem continua sendo a melhor maneira de alimentar bovinos. Quando bem manejadas, observando as alturas adequadas de entrada e saída dos animais nos pastos, o consumo de forragem de elevado teor de nutrientes é melhorada, aumentando a qualidade da dieta e a taxa de lotação.
A qualidade da forrageira pode ser analisada em laboratório através da coleta de amostras da forragem, usando o pastejo simulado onde tenta-se coletar somente a forragem que seria ingerida pelos animais e estas amostras são encaminhadas ao laboratório para avaliação. O produtor pode também coletar a amostra e quantificar na propriedade a proporção dos componentes da forragem, separando e pesando as quantias de folha, haste e material morto. Quanto mais folhas e menos caule e forragem seca, melhor a qualidade da forragem ingerida, sendo o inverso também verdadeiro. Ou seja, o manejo tem que permitir ao animal o maior consumo de folhas possível.
Quando o manejo é correto e os animais têm oportunidade de selecionar e ingerir forragem com maior proporção de folhas, o consumo de alimento é maior e de melhor valor nutritivo, com o aumento do desempenho. O produtor pode administrar a ingestão de uma dieta mais rica controlando a altura do resíduo, ou seja, quando quer melhor desempenho, retira os animais com menos tempo, deixando a pastagem mais alta pós saída dos animais. Quando quer melhorar a taxa de lotação, pode retirar os animais com mais tempo e com a pastagem mais baixa. Em qualquer dos casos, a altura mínima recomendada para cada forrageira, que preserva o meristema apical e favorece a rebrota, sempre deve ser respeitada.
As pastagens bem manejadas proporcionam aos animais forragem de melhor qualidade e aumentam a eficiência de pastejo fazendo com que a maior parte da forragem disponível seja aproveitada pelos animais e na sua melhor fase de valor nutritivo e, portanto, o produtor deve se orientar quando a melhor forma de adequar o manejo das forrageiras existentes em sua propriedade.
O monitoramento da qualidade da forragem e o aproveitamento em sua melhor fase é fundamental para o melhor desempenho animal em pastagens.
(Foto: arquivo pessoal)
