Produtores rurais e cooperativas de créditos contrataram R$ 271,5 bilhões em crédito rural na safra 2020/2021, de acordo com levantamento Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 202/2021. O montante representa um aumento de 27% em relação à contratação do período anterior. Nesta movimentação, está incluída as aquisições de CPR (Cédula do Produto Rural) e operações com agroindústria. O levantamento dá destaque para os investimentos, que superaram em 34% a programação de recursos e alcançaram R$ 76,2 bilhões.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf) apresentou balanço 10% superior à safra passada totalizando R$ 14,5 bilhões. Já as contratações pelos pequenos produtores superaram os recursos disponíveis. Os programas Moderinfra/Proirriga (+132%), Prodecoop (+132%) e PCA (+72%) apresentaram as maiores variações das aplicações.
As aplicações no custeio alcançaram R$ 135,3 bilhões, alta de 27% em relação a temporada anterior. Já a comercialização ficou em R$ 25,4 bilhões (10%) e a industrialização em R$ 12,5 bilhões (15%).
As regiões de maior representatividade nas contratações do crédito rural foram o Sul (33%) e o Centro-Oeste (28%). A atividade agrícola participou com 67% e a pecuária 33%, sendo que os recursos contratados foram, principalmente, destinados aos produtos soja, bovinos e milho, respectivamente.
No que se refere aos segmentos, o crédito aos beneficiários foi concedido por meio de bancos públicos (55%), privados (24%), cooperativas de crédito (20%) e bancos de desenvolvimento e agências de fomento (1%). Com relação à safra passada, as cooperativas tiveram um ganho de 2% e os bancos públicos de 1% na participação do volume total de contratações.
A participação dos recursos livres apresentou um crescimento de 32% em relação à safra passada, concentrado essencialmente nos produtores de maior porte e cooperativas, sobretudo em financiamento a investimentos. “Os recursos a taxas controladas cresceram 23%, com evidência para os financiamentos concedidos a pequenos e médios produtores, financiados quase que em sua totalidade com recursos a taxas de juros controladas”, destaca o diretor de Crédito e Informação, da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo.
Melissa Cerozzi (com informações do MAPA)