Com colheita de safra recorde, exportações brasileiras de soja devem crescer 19% em 2023

A colheita da maior safra de soja da história do Brasil resultará em um aumento expressivo nas exportações do grão em 2023. Embora o processamento do produto também esteja em crescimento no mercado interno, o ritmo não será o mesmo.

De acordo com o quadro de oferta e demanda divulgado pela SAFRAS & Mercado, as exportações de soja do Brasil devem atingir a marca de 94 milhões de toneladas em 2023, um aumento de 19% em relação aos 78,73 milhões registrados em 2022. O número se mantém inalterado em relação à previsão anterior, divulgada em abril.

A SAFRAS também estima um aumento de 4% no esmagamento de soja, chegando a 53 milhões de toneladas em 2023. Em 2022, este número foi de 50,89 milhões de toneladas. Quanto às importações, a SAFRAS projeta um volume de 150 mil toneladas em 2023, representando uma queda de 64% em relação a 2022.

No que diz respeito à temporada de 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 17%, atingindo 159,341 milhões de toneladas. A demanda total, de acordo com a SAFRAS, está projetada em 150,5 milhões de toneladas, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Como resultado, espera-se um aumento de 150% nos estoques finais, passando de 3,53 milhões para 8,84 milhões de toneladas.

A SAFRAS estima uma produção de 40,82 milhões de toneladas de farelo de soja em 2023, um aumento de 5%. As exportações devem subir 8%, alcançando 22 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19 milhões de toneladas, um aumento de 1%. A previsão é de uma redução de 11% nos estoques, chegando a 1,38 milhão de toneladas.

No que se refere à produção de óleo de soja, espera-se um aumento de 9%, totalizando 10,8 milhões de toneladas. As exportações brasileiras devem atingir 2,2 milhões de toneladas, uma queda de 15%. Já o consumo interno deve aumentar 25%, chegando a 9 milhões de toneladas. O uso do óleo de soja para biodiesel deve aumentar 16%, alcançando 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de uma redução de 54% nos estoques, que devem ficar em 330 mil toneladas.