10/06/2021 às 14h46min - Atualizada em 10/06/2021 às 14h49min

Roubo de animais: sete homens são presos no interior paulista

Agentes da Polícia Civil de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, prenderam sete homens suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em roubo de gado. As prisões aconteceram nos municípios de Mirassol, José Bonifácio, Lins e Guapiçara, todas cidades do interior paulista.

Após a prisão dos suspeitos, os agentes da Divisão Especializada de Investigações Criminais miram também os frigoríficos que compraram os animais da quadrilha. O delegado responsável pelas investigações Paulo Buchala Júnior, não revelou quantos e quais frigoríficos estão na mira da Polícia Civil. O delegado afirma que o bando agia em todo o estado de São Paulo.

Segundo o delegado durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em casas e escritórios relacionados aos criminosos, os policiais encontraram documentos que podem esclarecer se os frigoríficos sabiam da atividade do bando, o que pode caracterizar crime de receptação.

“A segunda fase da operação é justamente analisar toda a documentação apreendida. Já sabemos que, para transportar os bovinos roubados, os caminhoneiros portavam notas frias. Agora o desafio é identificar se documentação é bem elaborada a ponto de induzir as empresas frigoríficas a erro”, explicou.

As investigações apontam que a organização criminosa possui integrantes com funções bem definidas dentro do esquema: o líder, o olheiro (que escolhe as propriedades), os ladrões, os transportadores de gado e o negociador, que vende os animais prontos para o abate.

“Mapeamos 30 ocorrências de roubo e furto de gado nos últimos 20 meses, porém, notamos que nos últimos 12, foram registradas ações com maior número de animais levados. O período coincide com a soltura de um dos investigados, que cumpria pena justamente por roubo de gado”, disse.

Foi identificado também que a quadrilha mantém um padrão no modo de agir: um dos ladrões pede água na propriedade ou alega problemas no carro. No momento em que o produtor rural ou caseiro vai ajudar, ele é rendido. As pessoas que vivem ou trabalham no sítio são trancadas na casa, por vezes amarradas, e são mantidas sob a mira de arma até que os criminosos tenham tempo de apartar os animais prontos para o abate e colocá-los no caminhão.
Buchala afirma que há provas contundentes de envolvimento da quadrilha em nove roubos e um furto. A Polícia Civil estima que a ações tenham provocado um prejuízo de meio milhão de reais aos criadores de gado.

Durante as investigações, 55 animais foram recuperados.

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