16/05/2023 às 08h48min - Atualizada em 16/05/2023 às 08h48min

Mercado do boi gordo em estabilidade

(Foto: Divulgação)
A última semana foi mais interessante para o mercado da carne bovina com um esperado e providencial aumento das vendas no mercado interno, impulsionado pelo Dia das Mães. Também tivemos um volume de embarques interessante, com nove dias úteis de operação atingindo pouco mais de 75 mil toneladas.
 
Os cenários têm mudado, positivamente, para a cadeia produtiva da pecuária bovina de corte, a aproximação da entressafra já mostra novos horizontes e há uma clara mudança de foco, já mais alinhada com a estruturação para o mercado na recria e a janela de oportunidades que começam a surgir com fechamento do ciclo pecuário. Em linha mais direta ou prática, já há alguma estabilidade para o valor da arroba do gado pronto praticado no país e é possível dizer que já estamos perto de ter encontrado o “piso”.
 
Neste cenário, o Dia das Mães ajudou no processo, com o atacado paulista sustentado em torno de R$ 18,70 por quilo, cenário de uma sensível melhora e gera reflexo na cadeia produtiva.
 
As exportações de carne bovina alcançaram no acumulado da segunda semana do mês de maio 75,01 mil toneladas embarcadas em nove dias úteis. A parcial é bem interessante se considerarmos que em maio de 2022 o total exportado alcançou 152,3 mil toneladas do produto. A média diária nas duas semanas de atividade é 9,5 mil toneladas por dia, acima dos 6,9 mil toneladas em mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta última segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior.
 
Se seguir o ritmo de embarques diários nos próximos 13 dias úteis, a indústria frigorífica exportadora pode atingir 123,57 mil toneladas de carne bovina embarcadas, bem superior ao mesmo período sazonal do último ano. E não fica por ai, ao considerar os mesmos elementos, portanto, média simples diária também por preço de tonelada exportada e convertida em Reais, o faturamento dos exportadores tem potencial de atingir R$ 4,60 bilhões, cerca de 5% inferior aos resultados de maio de 2022, mas um número bem interessante.
 
Para encerrar, não devemos ter muitas alterações nos fatores já em curso e a arroba do boi gordo deve, na praça de referência e na maior parte do país, ficar em estabilidade. Também, observo os dados que têm sido divulgados quanto ao abate de fêmeas, no Mato Grosso do Sul, por exemplo, a participação de fêmeas no primeiro quadrimestre é de algo em torno de 49%, substancial. Pelas informações, a média nacional deve ser bem parecida com isso, a vaca foi, sim, para o gancho e estou duvidando bastante de alguns levantamentos apresentados que mostram um cenário menos severo. 
 
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