17/11/2022 às 10h57min - Atualizada em 17/11/2022 às 10h58min

Brasil fecha acordo para proteger florestas tropicais com Indonésia e Congo

Sai do papel dos principais acordos que o Brasil começou a costurar ainda na COP26 (Conferência do Clima), em Glasgow, na Escócia. Brasil, Indonésia e República do Congo, os países que detém as maiores florestas tropicais (52% do total) da Terra, anunciaram um acordo para a preservação conjunta desse bioma. As tratativas foram concluídas na COP27, no Egito, e ratificadas com a assinatura do documento, em Bali, na Indonésia.

Os três países vão atuar em conjunto na exigência dos pagamentos pelos serviços florestais e por manter as suas florestas em pé. Um dos exemplos de como isso será feito é a inserção do grupo como protagonismo na criação do mercado global de carbono. O Brasil tem como lastro o Mercado Brasileiro Créditos de Carbono, o Programa Metano Zero e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Floresta+, considerados exemplos.

O objetivo da coalizão é valorizar a biodiversidade dos países e promover remuneração justa pelos serviços ecossistêmicos prestados pelas três nações – especialmente por meio de créditos de carbono de floresta nativa. A aliança sinaliza para a comunidade internacional que o tema da conservação e uso sustentável desse ativo ambiental deve ser capitaneado por aqueles que detêm as principais florestas do mundo.

COP

 

A COP27, no Egito, é, na verdade, uma espécie de ponto de inflexão para uma análise do que foi proposto ao longo dos últimos 30 anos, desde a COP Rio 1992. A análise que os ambientalistas fazem é que muitos dos compromissos assumidos jamais foram colocados em prática e o aquecimento do Planeta e as mudanças dos padrões climáticos continuam avançando com intensidade. Alguns centros de pesquisas já falam que, com os atuais instrumentos, o homem não vai conseguir impedir o aumento da temperatura até 2050, como é necessário.

A discussão ficou ainda mais acirrada com dois pontos que estão no centro das discussões. A alta de cumprimento das metas pelos países pobres e a guerra na Ucrânia, que leva países desenvolvidos a se voltar para a queima de carvão para a produção de energia. Os países livres se defendem alegando falta de fontes de financiamento. Exigem que os países ricos banquem a conta, uma vez que todos estão sendo igualmente afetados.

A guerra na Ucrânia apenas desnudou um cenário que sempre existiu e que nunca as nações pararam para racionar sobre ele. A falta de investimentos em produção de energia limpa e as redes de distribuição em um mundo geopoliticamente imprevisível. A única solução nesse caso, é acelerar as pesquisas e investimentos para a produção de hidrogênio verde. Ele é resultado da energia eólica e outras fontes. O Brasil tem a capacidade de produzir em energia eólica, 50 Usinas Hidroelétrica de Itaipu.

Ou seja: mais uma vez a COP mostra que a reversão dos processos que provocam o aquecimento global é possível, as tecnologias existem, mas os interesses econômicos e a reacomodação da economia mundial e suas cadeias produtivas ainda ao o grande entrave para os avanços, No entanto, a cada ano que passa, o Planeta tem seus ciclos climáticos de tal forma desestabilizados que os avanços, ao que parece, não poderão ter retorno.

Referência: AB


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