As unidades processadoras de cana-de-açúcar do Centro-Sul venderam 903,82 milhões de litros de etanol na primeira quinzena de janeiro, alta de 1,90% em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em levantamento quinzenal divulgado nesta quinta-feira, 26.
No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado foi de 399,80 milhões de litros, o que significa uma queda de 1,42% em relação ao mesmo período da safra anterior. As vendas internas de etanol anidro totalizaram 451,19 milhões de litros, registrando crescimento de 9,77% em relação ao mesmo período da safra anterior.
"Os números indicam que houve maior retirada de etanol das unidades produtoras na segunda quinzena de dezembro na expectativa de restabelecimento dos tributos sobre combustíveis", afirmou a Unica.
No acumulado da safra 2022/23 (de abril à primeira quinzena de janeiro), foram comercializados 11,67 bilhões de litros de hidratado no mercado interno (-0,31%) e 8,64 bilhões de litros de etanol anidro (+7,64%), em relação a 2021/22. A entidade não divulgou os dados acumulados para exportação.
Dados da B3 mostram que, até 24 de janeiro, 2,01 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) foram emitidos em 2023. A parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido no período cerca de 34,9 milhões de títulos. Esse volume representa 95% da meta de aquisição total para o ano de 2022, de cerca de 36 milhões de títulos, cujo prazo de cumprimento foi postergado até setembro de 2023.
Com a medida, as distribuidoras de combustíveis, que constituem a parte obrigada no programa, deverão, em 2023, aposentar os CBios equivalentes às metas de 2022 e ao ano corrente.
"Assim, além dos 36,72 milhões de créditos considerados débitos de 2022, um adicional de cerca de 35,45 milhões referentes à meta de 2023 devem ser adquiridos e aposentados para que o compromisso de redução de emissões proposto seja cumprido", ressaltou a Unica.
Da redação, com Estadão Conteúdo
