O Brasil deve aumentar a produção de carne bovina em 2%, em 2023, aponta relatório do Rabobank. O aumento deve ser impulsionado pelo maior volume de animais destinados ao abate, revela o documento.
Ainda de acordo com o Rabobank, embalados pelo crescimento da produção, o consumo interno da proteína bovina também deve crescer em 1,5% no próximo ano.
A China continuará como o principal comprador da carne bovina brasileira, segundo o Banco, mas faz uma alerta sobre os desafios do primeiro semestre de 2023, como “riscos de novas suspensões de embarques e expectativa com uma possível desaceleração da economia chinesa”.
O crescimento da produção e oferta da proteína bovina deve impactar a competitividade da carne suína. Mas, ainda assim, para 2023, a estimativa é que haja crescimento de 1% na oferta de carne suína no Brasil, puxado por aumento de 2% nas exportações.
“O início de 2023 será o primeiro desafio para o setor. A redução sazonal na demanda para a China (que já preparou os estoques para o feriado do Ano Novo chinês) e a queda sazonal do consumo doméstico, são fatores que devem trazer um cenário de pressão nos preços do suíno vivo e da carne suína no atacado/varejo, com o próprio mercado testando o poder de compra do consumidor”, alerta o relatório do Rabobank.
Dois fatores sanitários vão continuar a manter o Brasil como um grande exportador de produtos suínos. A Peste Suína Africana, que inferniza vários países, e a síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos (PRRS).
Com a desaceleração da produção chinesa de suínos, no mercado internacional do produto vai continuar pressionado. Neste ano, a China desacelerou a produção interna e houve novas quedas nos abates da União Europeia e Reino Unido. No caso, oram os aumentos de produção e energia que provocaram a desaceleração.
Para o frango, o Rabobank estima crescimento de 1,5% na produção em 2023, sustentada principalmente pelo setor de exportação.
No caso do mercado do frango, o Brasil estará bem em 2023. Será forte a competitividade do frango brasileiro e as exportações devem crescer 3%.
No mercado doméstico, a menor diferença de preços esperada em relação à carne bovina tende a limitar a continuidade do ritmo de aumento de consumo per capita da carne de frango.
Da Redação, com CarneTec