Nova rota marítima entre Brasil e China reduz tempo de transporte em até 30 dias

Sem escalas, trajeto direto deve cortar custos logísticos em 30% e impulsionar exportações

- Da Redação, com Canal Rural
17/04/2025 09h11 - Atualizado há 1 dia
Nova rota marítima entre Brasil e China reduz tempo de transporte em até 30 dias
Foto: Divulgação / Mapa

A primeira rota marítima direta entre Brasil e China foi oficialmente lançada nesta terça (15), em cerimônia realizada em Brasília, e promete transformar a logística do comércio entre os dois países. A nova linha, que conecta os portos de Salvador (BA) e Santana (AP) ao Porto de Gaolan, no sul da China, elimina escalas intermediárias e pode reduzir em até 30 dias o tempo de transporte. Além disso, a expectativa é de uma queda de 30% nos custos com frete.

Considerada estratégica para o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste do Brasil, a iniciativa abre caminho para o escoamento mais eficiente de produtos como soja, carne bovina e celulose, além de garantir a chegada mais rápida de insumos industriais e tecnológicos vindos da Ásia.

Entre os setores mais entusiasmados com a novidade está a fruticultura, altamente dependente de logística ágil por conta da perecibilidade dos produtos. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Cruz de Souza Coelho, destacou o impacto positivo da nova rota para o setor.

“Para a fruticultura é fantástico. Nós temos o mercado aberto tanto de uva como de melão. Estaremos na China em maio com mais de 40 exportadores e essa rota significa que está consolidada a logística para que possamos chegar com as nossas frutas na China”, afirmou.

O trajeto marítimo sem escalas é visto como um passo importante para fortalecer o intercâmbio comercial entre Brasil e China — principal parceiro comercial do país — e representa uma resposta concreta aos desafios logísticos enfrentados por exportadores, sobretudo diante das recentes tensões globais no setor de transporte.

Além de ampliar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático, a rota direta também deve atrair novos investimentos logísticos e consolidar os portos de Salvador e Santana como hubs estratégicos para o comércio internacional.


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