O Brasil acumula, nos primeiros nove meses de 2022, o total de 24,66 milhões de toneladas de milho exportadas. Na comparação com o mesmo período de 2021, as vendas ao exterior quase dobraram. Cresceram 92,3%. Em 2021, exportamos, entre janeiro e setembro, 12,82 milhões de toneladas. A informação é do Boletim Logístico, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de segunda-feira (17).
Dois fatores contribuíram para o crescimento na exportação: os altos preços internacionais e a queda da produção mundial do cereal. No mercado interno, os compradores se retraíram e usaram os estoques, de olho nos preços internacionais e na colheita norte-americana. Na comparação com as vendas externas realizadas entre agosto e setembro, nos últimos dias, houve uma queda nas exportações.
Os portos do Norte do país embarcaram no período, 45% da exportação de milho, enquanto o de Santos, fica em segundo lugar com 34,4% da movimentação total no período. Os estados que mais exportaram foram Mato Grosso, Paraná, Goiás e Pará.
Neste mês, a Conab estimou a produção da primeira safra na próxima colheita, de 28,7 milhões de toneladas de milho. Os estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, totalizam 92% da área da safra de verão plantada. A evolução das lavouras nestes estados indicava que 36,4% da área se encontrava nos estágios de emergência e 63,6% no de desenvolvimento vegetativo.
Frete
O preço do frete apresentou queda ou tendência de queda, em quase todas as praças acompanhadas pela Conab: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Bahia. Entre os motivos, que podem variar conforme a localidade, destacam-se a queda da demanda na entressafra e a retração nos preços dos combustíveis.
Adubos e Fertilizantes
De acordo com dados do Comexstat, o Brasil importou 30,47 milhões de toneladas de fertilizantes entre janeiro e setembro de 2022. O montante equivale a um aumento de 4,67% em comparação com o mesmo período de 2021. Os portos do Paraná ganham destaque, sendo o ponto de entrada de aproximadamente 27% do total do fertilizante importado.
O aumento das importações foi impulsionado pela crescente evolução da área plantada no Brasil e a intensa movimentação já começa a dificultar a armazenagem do fertilizante recebido. Por outro lado, há tendência de folga na oferta em razão dos recordes nas importações e da diminuição momentânea na demanda, o que começa também a pressionar os preços para baixo.
Da Redação, com Conab.
