O mercado do boi fechou setembro com queda de 3,1% no preço da arroba, informa o analista Gabriel Zylberlicht, da Inteligência de Mercado da Nutricorp. A desvalorização é resultado do baixo consumo no mercado interno aliado a oferta abundante de animais terminados. No mercado externo, o País vai bem, com novo recorde nas exportações em setembro. “Apesar dos bons resultados no mercado externo, o mercado interno está retraído”, afirma o analista.
Ainda segundo Zylberlicht, o preço do milho é um dos sinais que preocupam os produtores que vão começar o segundo giro de confinamento, a base da alimentação nesse tipo de engorda.
A relação de troca fica desfavorável na medida que o pecuarista tem que vender mais arroba para comprar um saco de milho. Essa relação fechou o mês com o pecuarista em uma posição desfavorável.
Diante desse cenário, o analista alerta para a necessidade de planejamento de produção e posicionamento de compra para manter a margem de lucro no segundo giro dos animais confinados.
Ele sugere que o pecuarista encontre no mercado uma ferramenta que o ajude a “travar” o preço de compra da matéria-prima e que sustente os valores da arroba quando ele for vender. No mercado financeiro existem seguros que viabilizam a operação.
Só o sucesso da trava de preço do milho e do boi não é suficiente. É necessário manejo e nutrição corretos para conseguir o máximo do potencial do negócio. Qualquer desperdício de alimento ou ganho de peso pode resultar em prejuízo do giro.
Da Redação, com Canal do Rural
