Terceiro maior produtor de leite do Brasil, o Rio Grande do Sul contabiliza um total de 4,5 bilhões de litros de leite por ano, representando cerca de 13% da produção nacional. Diariamente, são entregues às indústrias uma média de 11,3 milhões de litros para uma capacidade industrial instalada de 18,7 milhões de litros.
O rebanho leiteiro gaúcho é composto por 1,3 milhão de vacas, sendo predominantemente formado por raças europeias especializadas, Holandesa e Jersey, que, como raças puras ou cruzadas entre si, representam 93,6% do material genético utilizado nas propriedades.
É nessa realidade que a Fazenda Tolardo, localizada na cidade de São José do Ouro (RS), está inserida. A propriedade pertence a duas famílias, de Nei e Márcio Tolardo, que juntas dividem as tarefas diárias.
Trabalhando na atividade leiteira há 24 anos, Nei e Márcio começaram a produção com apenas três vacas, cuja ordenha era realizada à mão, apenas alguns anos mais tarde conseguiram investir em uma sala de ordenha. Duas décadas depois, a Fazenda Tolardo conta com 78 animais da raça Holandesa e 40 em lactação. Uma média diária de 40,7 litros de leite por animal.
Marcela Tolardo, filha de Nei, conta que a família decidiu investir no robô para conseguir atender a demanda que crescia exponencialmente. Com a aquisição da ordenha robotizada, a empresa oferece soluções em automação para praticamente toda a atividade leiteira. Há seis meses, a família já consegue visualizar mudanças na produtividade e bem-estar dos animais, que se refletem em mais saúde e maior produtividade.
“O robô está funcionando há seis meses. E mesmo tendo apenas uma unidade podemos perceber mudanças na rotina, inclusive em nos fornecer mais informações sobre a saúde das vacas. Esses detalhes nos ajudam a identificar precocemente possíveis focos de enfermidade, ajudando o animal a se recuperar rapidamente sem que tenhamos baixas na produção”, detalha Marcela.
Bem-estar
O bem-estar animal se destaca com o uso do robô, já que as vacas vivem melhor, porque dão leite de acordo com a sua natureza, apenas quando estão cheias. A tecnologia garante ainda a segurança do alimento, pois o leite vai direto do animal para o resfriador, sem contato com germes e bactérias.
“A ordenha robotizada superou as nossas expectativas, especialmente em relação ao bem-estar dos animais”, comenta a proprietária. Para ela, a produtividade não está relacionada apenas com o volume de leite, mas também com a saúde do animal, diminuindo o número de mastites no rebanho.
Segundo Marcela, além dos números positivos, os dados gerados diariamente pelo sistema de gestão do robô melhoraram o gerenciamento da fazenda. “Com os relatórios do robô temos mais embasamentos para a tomada de boas decisões estratégicas, vejo que a dedicação e o cuidado com o rebanho aumentaram muito, principalmente, pela fidelidade dos dados fornecidos pelo robô, que fez com que a produção aumentasse, já que as vacas produzem mais leite”, avalia.
Da Redação, com assessoria de imprensa