O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) listou 83 pragas consideradas de maior risco fitossanitário para o país com o objetivo de subsidiar a priorização das análises das demandas de registro de produtos e tecnologias de controle de pragas, assim como de identificar os temas fitossanitários prioritários para direcionar os esforços de regulação e pesquisa, no âmbito federal.
A pesquisa foi realizada pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária e a listagem obtida pela Embrapa.
As pragas foram avaliadas e ranqueadas com base em critérios, e respectivos pesos e indicadores, definidos por um grupo de especialistas composto por representantes do Mapa, Embrapa, Órgãos Estaduais de Defesa Agropecuária, Anvisa, Ibama, Anater e das Sociedades Brasileiras de Controle de Plantas Daninhas, Entomologia, Fitopatologia e Nematologia.
A partir da análise estatística dos resultados obtidos, foi possível classificá-las em três categorias de risco: muito alto, alto e médio. A relação de pragas definida para cada um dos diferentes grupos de risco foi estruturada considerando-se a impossibilidade de se realizar uma distinção entre o nível de importância ou maior risco de um determinado organismo com relação ao outro.
“A relação de pragas hierarquizadas de maior risco fitossanitário materializa o retrato atual dos principais problemas fitossanitários que afligem os produtores nacionais”, destaca a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro. Segundo ela, devido à complexidade de fatores envolvidos, os resultados não devem ser considerados como um ranking único, sem o devido aprofundamento com relação aos diferentes critérios específicos e seus respectivos pesos e correlações.
Além da priorização dos processos de registro de agrotóxicos e afins, o resultado deste trabalho será utilizado como subsídio à tomadas de decisão particularizadas em função dos diferentes objetivos institucionais envolvidos, tais como a revisão dos atuais programas oficiais de prevenção e controle de pragas, a atualização dos parâmetros fitossanitários relativos aos padrões de qualidade de sementes e mudas e o realinhamento com relação às prioridades de pesquisa científica.
A publicação sobre a prioridade dos registros de agrotóxicos se fará por meio de ato normativo da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) nos próximos dias.
Da Redação, com Mapa