Agentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão realizar visitas em mais de mil propriedades rurais produtoras de soja no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul ao lado das autoridades dos 4 estados.
A proposta é fazer um levantamento da produtividade da soja objetiva em propriedades escolhidas aleatoriamente. “É a primeira vez que selecionamos lavouras de grãos por meio de sorteio aleatório”, explica o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen.
Ele disse também que “este é um trabalho a mais que a Companhia realiza, além dos levantamentos mensais da safra, e representa uma evolução em nossa metodologia, alinhada com padrões internacionais.”
O trabalho de campo começou dia 1º de fevereiro no Paraná, segundo a Conab, pelo Departamento de Economia Rural (Deral-PR) e o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná).
O diretor do Deral, Salatiel Turra, destacou que a parceria com a Conab garante mais segurança ao trabalho subjetivo de levantamento de estimativa de safra feito pelo departamento no estado.
“O trabalho com a Conab, que nos possibilita um levantamento objetivo da cultura de soja, é muito bem-vindo, principalmente nesse momento, quando o estado paranaense tem passado por situações climáticas adversas, que impactam nessa cultura”, afirmou.
Já em Mato Grosso do Sul, as atividades ocorrem com a colaboração da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul). Em Santa Catarina, a parceria é realizada com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), enquanto que no Rio Grande do Sul o apoio é da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
“Após o trabalho de campo, os dados serão tratados e analisados pela equipe de estatísticos da Conab”, afirma a superintendente de Informações da Agropecuária da Companhia, Candice Romero Santos.
Atualmente, a Conab avalia as condições das lavouras de soja nos quatro estados que apresentaram quebra de safra. A expectativa da estatal é que o trabalho seja incluído nos principais estados produtores da oleaginosa.
"Quanto mais instituições participarem do estudo, maior o número de dados coletados e, consequentemente, melhor o resultado", reforça o diretor da Conab.
"Por isso, esperamos que outras instituições agrícolas que também possuam equipes de campo nesses estados possam inserir-se nesta pesquisa. Ao longo do trabalho de campo vamos receber novos membros e montaremos toda a logística a partir dessas parcerias. Uma das metas é justamente estruturar o projeto para incluí-lo nas ações rotineiras da Companhia", pondera De Zen.
Da Redação, com Conab