03/12/2021 às 11h42min - Atualizada em 03/12/2021 às 13h50min

China vai diminuir importação de soja dos EUA e deve comprar mais do Brasil

O sojicultor brasileiro pode manter a expectativa de bons negócios em 2022. A importação de soja dos Estados Unidos realizadas pela China devem cair muito em 2021/2022 na comparação com as compras da temporada passada. O principal motivo foi o atraso na entrega do produto por causa do furacão Ida.

A janela de importação do produto americano está terminando, e no começo de 2022, o Brasil deve ter os maiores volumes colhidos da oleaginosa e, segundo informações do site especializado em economia, MoneyTimes, será o grande fornecedor a substituir os americanos.

A expectativa é que a queda chegue a 20% do que foi comercializado na safra passada. O ano comercial para a commodities começa 1º de setembroay. O que significa menos de 30 milhões de toneladas.

Este ano os agricultores dos Estados Unidos colheram a segunda maior safra da história. Entre 45% e 50% é exportado para a China. Os asiáticos, por sua vez, compram cerca de 70% da soja que entra na China, em território americano. A compra da soja americana é entre setembro e janeiro.

Os problemas causados pelo clima e pelo furacão Ida interrompeu o embarque da soja por vários dias e derrubou a quantidade enviada ao país asiático em 81% do que havia sido contratado, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

Os problemas nos Estados Unidos criaram muitos outros para a cadeia produtiva na China, que ficou sem margem para esmagamento e para alimentação de suínos. Essa volatilidade está levando os chineses a perder o interesse pelo produto americano.

No início dos embarques, os Estados Unidos chegaram ao pico de exportação com mais de 10 milhões de toneladas embarcadas. Mas enfrenta agora o início precoce da colheita brasileira.

“A safra de exportação dos EUA (soja) teve um início ruim este ano. As margens de esmagamento eram baixas e a demanda não era boa naquela época”, disse Bai Jie, disse o analista da Cofco ao site MneyTimes.

“Em seguida, houve o impacto do furacão Ida. E parte do mercado dos EUA foi espremida pelos grãos brasileiros”, afirmou Bai.


“Janela está fechando”

Os exportadores do produto nos Estados Unidos estão inseguros. Os chineses compraram a soja deles em dezembro para cobrir as necessidades de janeiro e fevereiro. Isso acontece no mesmo momento em que o Brasil intensifica a colheita e a exportação.

Os preços da soja e do frete nos Estados Unidos são basicamente os mesmos do Brasl. Um exportador americano disse que “tem sido um pouco decepcionante do ponto de vista dos EUA. O Brasil está entrando em nossa janela de exportação um pouco mais a cada ano”, afirmou o exportador. “Nossa janela está fechando.”

A soja americana chega na China entre novembro e dezembro e a brasileira a partir de janeiro até março.

Segundo Zou, da Muysteel, os embarques brasileiros devem aumentar drasticamente durante janeiro-março para mais de 6 milhões de toneladas. O MoneyTimes registra que “isso representaria um aumento de mais de quatro vezes em relação aos 1,35 milhão de toneladas durante o primeiro trimestre de 2021”.

A China respondeu por quase 60% de toda a soja exportada pelos produtores em 2021. O Brasil e o maior produtor mundial.

 

Da Redação.


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