Todo o Planeta e, principalmente as gerações mais jovens, está voltado para Glasgow, Escócia, desde domingo (31) o dia 12 de outubro. Começou a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26). Segundo o seu presidente, Alok Sharma, está é a última chance para a humanidade cumprir as metas climáticas e limitar o aquecimento global.
Um acordo, realizado em Paris por 195 países em 2016 estabeleceu a meta de impedir que o Planeta aqueça mais de 1,5º grau no século 21. O problema é que muitos governantes não acreditavam que as mudanças eram consequências da ação do homem. Esse ponto de vista mudou bastante. “O rápido processo de mudança climática está acendendo um alarme para o mundo aumentar o ritmo de adaptação, para enfrentar perdas e danos e agir agora para manter viva [a meta de] 1,5 grau”, disse Sharma, na abertura do encontro, como registra a Agência Brasil.
Segundo o presidente da COP26, a pandemia de covid-19 não interrompeu o aquecimento global. Apesar da queda momentânea nas emissões de gás carbônico em países que adotaram medidas de lockdown, o ano de 2020 terminou com as emissões em alta. “A mudança climática não tirou férias. Todas as luzes estão vermelhas no painel climático”, declarou Sharma.
No discurso de abertura, o político britânico, que assumiu a presidência da COP26, pediu que os líderes dos mais diversos países trabalhem juntos e disse que a reunião de cúpula será mais difícil que o encontro de Paris, em 2015. Isso porque o encontro tem como objetivo detalhar regras que haviam sido estabelecidas como marco-geral na reunião na capital francesa.
“A conquista de Paris foi histórica, mas apenas um acordo-quadro. O que temos que fazer desde então é acertar as regras detalhadas. Algumas delas ainda estão pendentes seis anos depois. Este é um verdadeiro desafio”, destacou
O presidente da COP26 disse que as divergências geopolíticas estão mais intensas do que no encontro de Paris. Ele conclamou os líderes a superar questões do passado para preservar o planeta. “Minha mensagem para todos os líderes é clara: deixem para trás os fantasmas do passado e fiquem unidos em torno desta questão que afeta a todos nós, protejam nosso precioso planeta”, pediu.
O encontro deste ano tem quatro grandes objetivos: traçar um compromisso para a eliminação das emissões de carbono nas próximas décadas, propor que os países protejam comunidades e habitats, arrecadar US$ 100 bilhões por ano até 2030 para o enfrentamento do efeito estufa e estabelecer a cooperação entre governos e sociedade civil.
O encontro reúne 21 mil representantes de governos, 14 mil observadores e 4 mil jornalistas na Escócia até o próximo dia 12. Sem a participação do presidente Jair Bolsonaro, a delegação brasileira será liderada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Da Redação