O pecuarista brasileiro nunca precisou vender tanta arroba de carne para repor o rebanho como nesse momento. Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciado em 2000, indica que estamos vivendo o pior momento na relação de troca de arroba do boi por animais de reposição.
As contas são feitas considerando o IGP-DI (base de setembro de 2021). Nesta quarta-feira (27) o pecuarista precisava de 10,17 arrobas de boi gordo para repor um animal no mercado do sul-mato-grossense. Isso é 8,4% a mais do que no mês de setembro e 16,8% acima do preço comercializado em outubro de 2020.
No estado de São Paulo essa relação está em 7,69 arrobas comparado ao custo do pecuarista no Mato Grosso do Sul.
Segundo pesquisadores do Cepea, “esse cenário está atrelado às recentes fortes quedas nos preços da arroba bovina, diante da continuidade da suspensão dos envios de carne à China e da entrada de animais de confinamento no spot (à vista) nacional”. Para o Cepea, os valores seguem relativamente firmes, com a piora na relação de troca.
Da Redação.