Com os embarques da carne bovina suspensos há mais de 40 dias e sem reposta sobre o fim da suspensão por parte da China, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que frigoríficos brasileiros suspendam a produção de boi China. A medida vale para plantas brasileiras habilitadas à exportação para o mercado chinês.
A medida foi anunciada pelo Mapa nesta terça (19) e vale também para as empresas processadoras da proteína que exportam para a China, que foram autorizadas a estocarem, em contêineres refrigerados, os produtos processados antes do embargo anunciado pelo governo chinês. A decisão do Mapa tem validade de 60 dias.
Responsável por cerca de 60% dos embarques de carne bovina e por aproximadamente 20% da produção brasileira a proteína, a China é um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil. Mas o governo chinês suspendeu a compra de carne bovina no início de setembro, após a identificação de dois casos atípicos do mal da vaca louca, em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).
Procurada pela reportagem do Canal Pecuarista, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) não retornou até o fechamento desta nota.
Nesta terça (19), o Mapa caminhou uma carta ao governo chinês pedindo a retomada das exportações da carne bovina pelo país. Na mesma nota, o Mapa informou que a ministra solicitou uma reunião técnica com o governo chinês para discutir o assunto. O governo chinês não sinalizou quando o mercado para compra bovina será reaberto ao Brasil.
Da Redação (com informações do Canal Rural e Jornal O Globo)