Boi gordo tem negócios acima da média no Norte, mas atacado registra queda

Enquanto frigoríficos enfrentam dificuldade para compor escalas, exportações seguem firmes e sustentam o mercado

- Da Redação, com Canal Rural
21/08/2025 09h05 - Atualizado há 4 horas
Boi gordo tem negócios acima da média no Norte, mas atacado registra queda
Foto: Arquivo Pessoal

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar negociações acima das referências médias nesta quarta-feira (20), especialmente na Região Norte. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, frigoríficos da região enfrentam maior dificuldade para compor suas escalas de abate, o que sustenta preços mais altos.

Nos principais estados produtores, como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, o cenário é de maior acomodação, sem grandes alterações nas negociações. Ainda assim, as exportações segue como destaque do setor, em especial com Iglesias ressaltando que os embarques continuam em ritmo intenso e que o Brasil caminha para alcançar novo recorde, tanto em volume quanto em receita.

Os preços médios da arroba do boi apresentaram pequenas variações em relação ao dia anterior. Em São Paulo, a cotação subiu de R$ 310,85 para R$ 311,52. Em Goiás, houve leve aumento de R$ 300,54 para R$ 300,71. Minas Gerais passou de R$ 301,76 para R$ 302,94, enquanto Mato Grosso do Sul registrou queda de R$ 319,43 para R$ 318,52. Já no Mato Grosso, o valor da arroba avançou de R$ 308,65 para R$ 309,26.

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi de queda nas cotações. O quarto traseiro foi negociado a R$ 23,15 o quilo, com recuo de R$ 0,15. A ponta de agulha também caiu, passando de R$ 17,20 para R$ 17,10 o quilo, enquanto o quarto dianteiro permaneceu estável a R$ 18,00. Para Iglesias, esse movimento deve continuar no curto prazo, refletindo a reposição mais lenta entre atacado e varejo na segunda metade do mês.

Além disso, a carne de frango segue oferecendo maior competitividade frente às demais proteínas, sobretudo em relação à carne bovina, o que reforça a pressão sobre o mercado interno. O cenário aponta para um equilíbrio delicado, em que as exportações dão sustentação aos preços, enquanto o consumo doméstico limita avanços mais consistentes.


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