Brasil deve colher safra recorde de 345,2 milhões de toneladas de grãos

Conab aponta alta de 47,7 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, impulsionada por milho e soja

- Da Redação, com Safras & Mercado
15/08/2025 08h50 - Atualizado há 3 dias
Brasil deve colher safra recorde de 345,2 milhões de toneladas de grãos
Foto: reprodução

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deve alcançar 345,237 milhões de toneladas, novo recorde histórico, segundo o 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume supera em 47,7 milhões de toneladas o registrado no ciclo anterior e ultrapassa a marca de 320,91 milhões de toneladas obtida em 2022/23.

 

O avanço decorre do aumento de 2,5% na área cultivada, estimada em 81,9 milhões de hectares, e principalmente da recuperação da produtividade média, que passou de 3.722 para 4.214 quilos por hectare. Milho e soja são os principais motores desse crescimento, respondendo juntos por um incremento de 43,4 milhões de toneladas.
 

A produção de milho deve somar 137 milhões de toneladas, a maior já registrada pela Conab, sendo 109,6 milhões de toneladas na segunda safra – que já está 83,7% colhida. Em Mato Grosso, a produção do cereal chega a 53,55 milhões de toneladas, 49% do total nacional na segunda safra.
 

Para a soja, a estimativa é de 169,7 milhões de toneladas, alta de 14,8% sobre 2023/24, sustentada por crédito via Plano Safra e boas condições climáticas. O arroz também deve registrar bom desempenho, com 12,3 milhões de toneladas, 1,7 milhão a mais que no ciclo anterior, graças à expansão de área e ao clima favorável no Rio Grande do Sul.
 

O algodão em pluma deve chegar a 3,9 milhões de toneladas, novo recorde, apesar de colheita mais lenta devido a chuvas e frio atípicos. Já o feijão deve cair 3,5%, totalizando 3,1 milhões de toneladas, afetado por problemas climáticos no Paraná e redução na terceira safra.
 

No trigo, mesmo com queda de 16,7% na área semeada, a produção deve se manter próxima à estabilidade, estimada em 7,81 milhões de toneladas.
 

No mercado, a Conab projeta exportações de milho de 40 milhões de toneladas, ante 38,5 milhões no ciclo passado, impulsionadas por maior disponibilidade e demanda externa favorecida por disputas tarifárias envolvendo os Estados Unidos.

O consumo interno deve superar 90 milhões de toneladas, e os estoques de passagem estão previstos em 10,3 milhões de toneladas.

 

 

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