A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com cotações acentuadamente mais baixas. Os contratos com entrega em setembro de 2025 fecharam a 291,95 centavos de dólar por libra-peso, registrando uma desvalorização de 11,65 centavos, ou 3,83%. A posição dezembro de 2025 fechou a 284,90 centavos, com recuo de 11,05 centavos, ou 3,73%.
Em uma sessão extremamente volátil, os futuros do café arábica perderam força e passaram a cair depois de testarem a linha dos 304 centavos nas intradiárias. A pressão veio de uma correção técnica e realização de lucros, além do avanço da colheita no Brasil, que é o maior produtor global. A Consultoria Safras & Mercado apontou que a safra total de café do Brasil estava 77% completa até 16 de julho, superando os 74% registrados no ano passado e bem à frente da média dos últimos cinco anos, que é de 69%.
No entanto, segundo analistas, o principal foco do mercado de café continua sendo a decisão dos Estados Unidos de implementar uma tarifa de 50% sobre as importações de café brasileiro a partir de 1º de agosto. Cerca de um terço do café consumido nos EUA vem do Brasil, e a efetivação dessas tarifas poderia praticamente interromper o fluxo de grãos brasileiros para o maior consumidor da bebida em todo o mundo, gerando grande incerteza para o setor.