O mercado de milho no Brasil atravessou julho em ritmo lento. O consumo interno desacelerou diante da expectativa de preços ainda mais baixos, reflexo da colheita abundante da safrinha e de fatores externos como a previsão de boa produção nos EUA.
Segundo a Safras Consultoria, a pressão baixista prevaleceu mesmo diante da alta do dólar e da cautela nos últimos dias do mês. O preço médio da saca no país recuou para R$ 61,30 no dia 31 de julho, frente aos R$ 61,77 de junho. A maior queda foi registrada na Mogiana paulista, com retração de 7,69%.
A exceção ficou por conta de algumas praças do Centro-Oeste, como Rondonópolis e Rio Verde, que registraram altas de 9,62% e 10%, respectivamente, motivadas por demanda pontual e questões logísticas.
Nas exportações, o cenário foi negativo. O Brasil exportou 1,522 milhão de toneladas de milho em julho, gerando US$ 321,1 milhões, com quedas de 48,1% no volume e 44,5% na receita diária frente a julho de 2024. O preço médio da tonelada, no entanto, subiu 7%, atingindo US$ 210,90.