O mês de julho registrou forte queda nos preços da carne suína no Brasil, reflexo direto da postura cautelosa da indústria na compra de animais. Segundo Allan Maia, analista da consultoria Safras & Mercado, o cenário indica dificuldades no escoamento da produção, agravadas pela lentidão nas vendas do atacado ao varejo.
A competitividade da carne de frango, que apresentou preços mais atrativos, também influenciou negativamente a demanda pela carne suína. Apesar disso, a forte performance das exportações e a estabilidade no custo da nutrição animal ajudaram a suavizar parte dos impactos.
De acordo com levantamento da própria consultoria, o preço do suíno vivo no Centro-Sul caiu 5,97% em julho, passando de R$ 7,78 para R$ 7,31 por quilo. No atacado, os cortes de pernil caíram 6,88%, e a carcaça teve desvalorização de 7,11%.
O preço da arroba suína em São Paulo passou de R$ 164 para R$ 150, enquanto em estados como Minas Gerais e Goiás os recuos também foram expressivos. Em várias regiões, a cotação na integração permaneceu estável, mas o mercado independente apresentou perdas relevantes.
No cenário internacional, as exportações brasileiras de carne suína in natura somaram US$ 241,395 milhões em julho, com um volume total embarcado de 91,783 mil toneladas. Houve aumento de 1,7% no valor médio diário em comparação a julho de 2024, mesmo com queda de 6,8% na quantidade exportada. O preço médio da tonelada subiu 9,1%, fechando o mês em US$ 2.630,10. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.
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