EUA suspendem restrições à exportação de tecnologia para China, aponta Financial Times

a flexibilização também tem como meta apoiar os esforços do presidente Donald Trump para viabilizar um encontro com o presidente chinês Xi Jinping ainda neste ano

- Da redação, com G1
28/07/2025 08h40 - Atualizado há 1 dia
EUA suspendem restrições à exportação de tecnologia para China, aponta Financial Times
Foto: reprodução

Os Estados Unidos decidiram suspender restrições à exportação de tecnologias para a China com o objetivo de impulsionar um acordo comercial entre os dois países, segundo reportagem do Financial Times (FT) publicada nesta segunda-feira (28).

De acordo com o jornal britânico, a flexibilização também tem como meta apoiar os esforços do presidente Donald Trump para viabilizar um encontro com o presidente chinês Xi Jinping ainda neste ano.

Fontes ouvidas pelo FT afirmam que o Departamento de Comércio dos EUA recebeu orientação nos últimos meses para evitar aplicar sanções mais severas contra a China.

Durante seu mandato, Trump havia endurecido as restrições, barrando, por exemplo, o envio de determinados chips tecnológicos ao mercado chinês. A administração americana chegou a notificar a fabricante Nvidia de que impediria a exportação do chip H20, projetado especialmente para a China em linha com ações anteriores do governo Biden, que também restringiu o envio de semicondutores mais avançados.

Após conversas com o CEO da Nvidia, Jensen Huang, Trump teria reconsiderado. A empresa, inclusive, anunciou recentemente que vai retomar as vendas do chip H20 para o mercado chinês.

Essa decisão faz parte das negociações mais amplas entre os dois países envolvendo terras raras e ímãs, conforme declarou o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Apesar disso, a medida despertou críticas. O Financial Times revelou que um grupo de 20 especialistas em segurança nacional e ex-integrantes do governo americano, entre eles o ex-vice-conselheiro de segurança nacional Matt Pottinger, deve divulgar nesta segunda-feira uma carta manifestando preocupação com a decisão.

“Essa medida representa um erro estratégico que coloca em risco a liderança econômica e militar dos Estados Unidos na área de inteligência artificial”, escreveram os signatários do documento, conforme publicou o FT.

 

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