A pecuária brasileira não se preocupa com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. O presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Maurício Velloso, diz que o setor consegue vender a carne para outros lugares.
Os americanos compraram 185 mil toneladas de carne bovina do Brasil no primeiro semestre. O Brasil exporta para mais de 160 países. Por isso, esse volume pode ser facilmente direcionado a outros mercados.
Mesmo com o crescimento de 104% nas vendas para os EUA entre 2024 e 2025, o volume ainda não é o mais importante para o total das exportações. O presidente da Assocon também discorda da pressão para reduzir o preço da arroba do boi. Ele afirma que isso vai contra os interesses da pecuária nacional.
Para ele, a tarifa americana prejudica mais os EUA. O mercado de carne lá sofre com o menor rebanho desde 1960. A demanda por proteína animal nos EUA é muito forte.
A carne brasileira é mais barata, cerca de um terço do custo americano. Ela é muito usada para fazer hambúrgueres e almôndegas nos EUA.
A taxação de 50% deve ser revista. Ela não é boa para ninguém. Os confinadores seguem produzindo para atender o mercado externo e interno. O mercado pecuário já passou por fases piores e sempre se desenvolve.