O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à agência Reuters, que está sendo alvo de uma perseguição institucional no Brasil e que “o sistema” preferiria vê-lo morto a preso. A declaração foi dada na última sexta-feira (18), um dia após nova operação da Polícia Federal ser realizada em sua casa e em seu escritório político, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu preso vou dar problemas para eles. Já passei pela morte mergulhando, saltando de paraquedas e na facada. O sistema me quer morto”, disse Bolsonaro ao comentar as investigações que apuram uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
O ex-presidente também questionou a velocidade do processo judicial que enfrenta. “Nunca vi um processo caminhar tão rapidamente. Com meus 70 anos de experiência de vida, sei que tudo pode acontecer”, afirmou.
O julgamento de Bolsonaro está marcado para 20 de agosto. Enquanto isso, ele segue sob uma série de restrições impostas pelo STF: uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, bloqueio de passaporte, proibição de uso das redes sociais e impedimento de contato com diplomatas, embaixadores e com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos.
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