O Cerrado brasileiro se consolida como a principal região agrícola do país em termos de cobertura de irrigação, conforme um levantamento recente da EEmovel Agro. Atualmente, o bioma conta com 1.460.386 hectares irrigados por pivô central, distribuídos em 20.517 equipamentos em operação, representando mais de 50% de seu território disponível para essa tecnologia.
Apesar da liderança, os dados da datatech de soluções agropecuárias revelam que essa área irrigada corresponde a apenas 4,16% da superfície irrigável total do Cerrado, indicando um potencial de expansão significativo. O estudo projeta um mercado potencial de até R$ 14,4 bilhões para o setor de irrigação na região. Essa projeção considera os 34,3 milhões de hectares de cultivos temporários e 751 mil hectares de plantações perenes, com base em um custo operacional médio de R$ 6.202,00 por hectare em áreas de 50 a 100 hectares.
Luiz Almeida, diretor de Operações Agro da EEmovel Agro, destaca a importância do Cerrado: “A região central do país possui cerca de 76% mais área plantada do que o Sul. Tanto uma quanto a outra [região] lideram na produção de grãos, especialmente soja, e apresentam grandes oportunidades de mercado para irrigação”.
O levantamento também aponta que a Região Sul possui 418.077 hectares irrigados por pivôs centrais e 7.159 equipamentos em operação, representando apenas 2,10% da área irrigável local, um desempenho ainda distante do centro-oeste e do norte de Minas Gerais. Contudo, a maior concentração de equipamentos no Brasil está em Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, responsáveis por 84% dos pivôs instalados no bioma Cerrado.
Almeida dizendo que os dados mostram qua o Brasil tem mais de 93% da área apta à irrigação sem uso de pivô central. " O que comprova o imenso potencial de crescimento do setor nessa parte do país”, comcluiu.