Coluna: Boi 777 revoluciona a pecuária de corte brasileira

Especialista explica com a tecnologia promove a redução no tempo de abate e eleva a rentabilidade do setor

- Da Redação
11/07/2025 09h46 - Atualizado há 6 horas
Coluna: Boi 777 revoluciona a pecuária de corte brasileira
Foto: Raquel Brunelli / Embrapa

Na coluna Gestão Robusta desta sexta-feira (11), André Luiz Casagrande entrevista o pesquisador Flávio Dutra de Resende, que explica que a tecnologia Boi 777 propõe metas claras nas três fases da produção bovina: desmame com 7 arrobas, recria com ganho de 7 arrobas em 12 meses e terminação com mais 7 arrobas, totalizando 21 arrobas em até 24 meses. Essa estratégia visa maior produtividade e eficiência no ciclo de produção, desde a criação de bezerros até o abate.

O pesquisador detalha que o primeiro "7" exige boas práticas na fase de cria, com foco na nutrição e condição corporal da vaca para garantir desmame mais pesado. A recria, segundo "7", demanda suplementação estratégica nos períodos secos e bom manejo de pastagem no período das águas para atingir os ganhos diários esperados. Já a terminação, último "7", pode ocorrer a pasto ou em confinamento e deve buscar ganhos de carcaça semelhantes ao confinamento tradicional.

Segundo Resende, o sucesso do modelo depende de metas produtivas, controle rigoroso e tomada de decisão baseada em dados. Gestão eficiente é essencial, especialmente diante das margens cada vez mais apertadas da pecuária. Monitoramento constante, correções rápidas e planejamento anual são pilares fundamentais para alcançar os objetivos propostos pelo sistema 777.

Por fim, o pesquisador afirma que os maiores desafios para adoção da tecnologia estão em infraestrutura, capacitação da mão de obra e controle de indicadores. O pecuarista precisa conhecer o ganho médio diário necessário para cobrir os custos e, assim, enxergar tecnologias como investimento, não custo.

Leia mais na coluna Gestão Robusta. Boa leitura!


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