Mercado de soja abre semana com queda nos preços e negócios lentos

Clima favorável nos EUA e ameaça de tarifas dos EUA sobre BRICS derrubam Chicago e travam mercado interno

- Da Redação, com Canal Rural
08/07/2025 09h15 - Atualizado há 10 horas
Mercado de soja abre semana com queda nos preços e negócios lentos
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja iniciou a semana pressionado pela queda nos contratos futuros na Bolsa de Chicago, que reagiram ao clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e a novas ameaças tarifárias do governo norte-americano contra países alinhados ao Brics.
 

No Brasil, o dólar em alta, que fechou cotado a R$ 5,47, avanço de 1%, ajudou a conter parte das perdas, mas o ritmo dos negócios segue lento. “É um mercado travado. Os produtores continuam segurando o produto e pedindo preços muito altos, especialmente comparado aos portos”, avaliou Rafael Silveira, da Safras & Mercado.
 

Os preços caíram em quase todas as praças: Passo Fundo (RS) de R$ 131 para R$ 130, Santa Rosa (RS) de R$ 132 para R$ 131, Cascavel (PR) de R$ 131 para R$ 130 e Paranaguá (PR) de R$ 136 para R$ 134. Em Rondonópolis (MT), o valor ficou estável em R$ 117.
 

Em Chicago, o contrato de julho encerrou a US$ 10,31 1/2 por bushel, queda de 24 centavos (2,27%). A posição novembro caiu 28,5 centavos (2,71%), para US$ 10,20 3/4. O farelo recuou 1,87%, cotado a US$ 272,20 por tonelada, enquanto o óleo caiu 1,11%, a 53,94 centavos de dólar por libra-peso.
 

O mercado global segue atento às incertezas comerciais após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmar que tarifas sobre importações podem voltar aos níveis de abril se não houver avanços em acordos até agosto. Já Trump reforçou que taxará em 10% países que adotarem políticas vistas como contrárias aos interesses americanos.


 

 


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