O milho encerrou junho acumulando perdas expressivas no Brasil, em meio ao avanço da colheita da safrinha, estimada em um volume recorde de 99,7 milhões de toneladas. A grande oferta derrubou as cotações gradualmente ao longo do mês, intensificando a dependência do país de exportações volumosas no segundo semestre para sustentar o mercado.
Em Campinas (SP), a saca recuou de R$ 74,50 para R$ 69 (-7,4%). Em Cascavel (PR), o recuo foi ainda mais forte, de R$ 66 para R$ 60 (-9,1%), e em Rondonópolis (MT), a saca caiu para R$ 52, baixa de 10,3%. No cenário externo, a safra norte-americana se desenvolve bem, o que também ajuda a manter a pressão negativa nas bolsas internacionais.
Diante disso, a expectativa do setor é que o ritmo de vendas externas cresça nos próximos meses para evitar estoques internos elevados e novas quedas nos preços.