04/10/2021 às 12h23min - Atualizada em 04/10/2021 às 14h25min

Programa Águas do Agro pretende avanços na agricultura sustentável

O Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) lançou o Programa Nacional de Manejo Sustentável do Solo e da Água em Microbacias Hidrográficas, Águas do Agro, em Bonito (MS). O objetivo é ir além dos avanços na agricultura sustentável no agronegócio brasileiro e conciliar o aumento da produtividade e os recursos naturais existentes na propriedade.

O Programa Águas do Agro irá promover o desenvolvimento sustentável no meio rural por meio da adoção de tecnologias e práticas de conservação de solo e água, com o manejo eficiente dos recursos naturais. Afinal, o produtor rural também produz água ao explorar o solo de forma equilibrada e sustentável. É o que o explica Soraya Araújo.

A coordenação-Geral de Conservação do Solo e Água, Soraya Araújo, diz que o programa busca promover o desenvolvimento sustentável na zona rural, com manejo dos recursos naturais. O produtor rural produz água naturalmente ao trabalhar o solo.

“O solo e a água têm uma relação intrínseca: o solo contribui para a filtragem da água e a manutenção do teor de matéria orgânica disponível. Mais do que nunca, hoje, a produtividade não pode estar desvinculada das ações e práticas e tecnologias de conservação de solo e água”.

O primeiro passo é manter a água no solo, impedindo que ele escoe e leve os nutrientes juntos. Armazenada no solo, será utilizada pela lavoura quando for semeada, para os animais e para as pastagens, nos períodos de estiagem.

Portanto, o Programa Águas do Agro busca a exploração sustentável, respeitando os limites do solo, reduzindo ou eliminando do revolvimento, mantendo a cobertura, permitir o aumento da matéria orgânica e a diversificação dos sistemas agrícolas.

Águas do Agro usa tecnologias e estratégias conservacionistas: plantio direto; plantas de cobertura; adubação verde; manejo de pastagem; plantio em nível; e terraceamento.

 

Microbacias Hidrográficas

As propriedades que vão receber as ações do programa são aquelas que tem disponibilidade hídrica crítica, com pouca assistência técnica, grande área de solo descoberta, erosão acentuada e cidades com muitas propriedades com irrigação e sem assistência.

“Se o solo não está devidamente coberto, em uma área degrada, por exemplo, a água da chuva bate e parte do solo é carregada para os rios, causando erosão e assoreamento. Desta forma, a produção agropecuária adequada e em sistemas sustentáveis, como uma pastagem de boa qualidade ou uma plantação direta, garante que a água siga o seu ciclo hidrológico”, pontua a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação, Mariane Crespolini.

As localidades são definidas em microbacias, que são territórios que levam em consideração fatores geográficos naturais, econômicos e sociais em condições mais homogêneas. A partir da identificação das microbacias em potencial serão implementadas as Unidades de Referência Tecnológica (URT) com a definição das tecnologias conservacionistas em solo e água, conforme cada área.


Pilares do programa

Além das URT, os pilares do Águas do Agro consistem em assistência técnica e gerencial e capacitação. A ideia é que o modelo de prestação de serviço de assistência técnica e capacitação seja ofertado a grupos de 20 a 30 produtores rurais por microbacia por um período de dois anos.


Da Redação, com informações do Mapa.

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