O mercado físico de café no Brasil inicia a semana sob pressão de fatores externos. A desvalorização da Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e a queda do dólar frente ao real contribuem para a retração nos preços praticados internamente. Com isso, os produtores se mostram cautelosos e recuam nas ofertas, esperando por uma recuperação nas cotações antes de retomar as negociações.
Na sexta-feira (13), o mercado já havia registrado oscilações, principalmente no café arábica. No início do dia, as cotações chegaram a cair entre R$ 60 e R$ 70 por saca, mas se recuperaram parcialmente ao longo da sessão. O conilon, por sua vez, sofreu desvalorização mais acentuada, seguindo a tendência do robusta na Bolsa de Londres.
No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação permaneceu entre R$ 2.230 e R$ 2.240 por saca. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura manteve o valor entre R$ 2.240 e R$ 2.250. Já na Zona da Mata mineira, o arábica tipo rio tipo 7 oscilou entre R$ 1.630 e R$ 1.635. O conilon tipo 7, em Vitória (ES), foi cotado entre R$ 1.315 e R$ 1.335. abaixo dos valores praticados no dia anterior.
Apesar da baixa atual, o relatório da CFTC mostra que grandes fundos seguem comprados no mercado de Nova York, com posições líquidas compradas de 37.306 contratos, o que pode indicar otimismo de médio prazo. O contrato setembro/2025 da ICE recua 1,32%, cotado a 341,40 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o dólar comercial também cede, cotado a R$ 5,5205.